sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Ifpi encerra greve; Ufpi aguardará decisão do Andes

Fonte: "Portal O Dia"

Professores votaram pela suspensão unificada e aguardam posicionamento do Andes

Os professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (Ifpi) decidiram, em assembleia geral nesta quinta-feira (13), encerrar a greve que já dura mais de 100 dias. A greve será encerrada no dia 25 deste mês, e as aulas retornarão no dia 26. Também ontem, em assembleia, os professores da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) votaram pela suspensão unificada da greve. Eles aguardam definição do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) para encerrar o movimento.

No Ifpi, o motivo de terminar a greve somente no dia 25 é que a categoria continuará mobilizada até o final das negociações das pautas locais, que vão acontecer de 17 a 25 de setembro. Assim, de cada Campus do Ifpi, serão escalados dois representantes dos professores, dois técnicos e dois estudantes para discutir a pauta com representantes da reitoria da instituição e apresentar propostas para resolver os problemas identificados em cada centro.

Na Ufpi, o encerramento está condicionado ao balanço das assembleias realizadas nas universidades federais que continuam em greve. Se o Comando Nacional de Greve do Andes decidir pelo término do movimento, deve definir, neste final de semana, em Brasília, a data de retorno às atividades.

A Associação dos Docentes da Ufpi (Adufpi) vai realizar nova assembleia na próxima semana para confirmar o fim da greve. "Teremos uma nova assembleia na próxima semana para avaliar se a suspensão conjunta do movimento paredista será concretizada ou sairemos isoladamente. É importante deixar claro que a suspensão unificada foi a proposta aprovada pelos docentes. Isso significa voltar a dar aula, porém manter o estado de alerta e de mobilização para que a categoria continue na luta pela reestruturação da carreira e da melhoria das condições de trabalho", ressaltou o presidente da Adufpi, Mário Ângelo.

Um comentário:

  1. E, nós professores?
    Na edição do jornal O DIA, na página 7, que trata de esportes, tem uma reportagem sobre Brasil Medalhas, onde a Presidente Dilma lança plano de R$ 1 bilhão de incentivo ao esporte de alto rendimento. Dentro desse programa, o Governo Federal lançou a Bolsa Pódio e criou a Bolsa Técnico que irão pagar respectivamente até R$ 15.000,00 (quinze mil reais) e até R$ 10.000,00 (dez mil reais) mensais! É uma atitude louvável, visto que a nossa participação na última olimpíada não atingiu as metas estabelecidas e a próxima Olimpíada será no Brasil! Temos que fazer bonito para impressionar o mundo. Sabemos que é uma solução imediatista, que busca recuperar em 04 (quatro) anos o que nunca se fez no Brasil, que é apoiar o Esporte! Precisamos incentivar o esporte, precisamos, mas precisamos de um povo instruído, principalmente. E, a minha fala é sobre educação. Saímos de uma greve de mais de 100 (cem) dias onde o Governo Federal, não fez nem a reposição salarial, e a convenção assinada irá repassar uma parte das perdas salariais em 03 (três) longos anos, a começar de 2013 até 2015! Atualmente um professor recém concursado deve ter uma remuneração máxima, sem os descontos, em torno de R$ 3.244,88 (três mil, duzentos e quarenta e quatro reais e oitenta e oito centavos) e um professor com doutorado, início de carreira, deve ter uma remuneração máxima, sem os descontos, em torno de R$ 7.627,02 (sete mil, seiscentos e vinte e sete reais e dois centavos). Não querendo desfazer dos atletas, mas simplesmente mostrar que a necessidade de investimento, no esporte, não só por causa da olimpíada, mas existe uma necessidade gritante de investimento na Educação, como também em outras áreas. Assim como os atletas de “alta performance” ou de “alto rendimento”, temos os professores de “alta titularidade” ou de “alto rendimento” ou com "alta produção técnico-científico" que levam anos e anos para consolidar a sua formação de alto nível, em laboratórios de Universidades Públicas, e agora nos Institutos Federais, sem recebermos nenhum crédito pelo que se faz! Com certeza, se os salários fossem mais dignos faríamos muito mais, pois não teríamos que nos sobrecarregar com outras atividades para complementar a nossa remuneração. Voltando ao valor da bolsa pódio, que vai pagar aos atletas de alta performance ou de alto rendimento, R$ 15.000,00 (quinze mil reais), os professores de “alta performe” ou de “alto rendimento” ou com "alta produção técnico-Cientifica!, em fim de carreira, irão em 2015, caso estejam vivos, terão uma remuneração, sem os descontos) de R$ 15.464,45 (quinze mil, quatrocentos e sessenta e quatro reais e quarenta e cinco centavo)! E, aos colegas que estão iniciando sua vida no magistério, ainda não titulados, terão em 2015 uma remuneração, sem os descontos, de R$ 4.014,00 (quatro mil e quatorze reais) será que terão estímulos para serem professores de “alta performance” ou de “alto rendimento” ou de "alta produção técnico-científica"? Vale a pena a reflexão!
    Prof. Dr. Ayrton de Sá Brandim
    Pesquisador do Grupo de Pesquisa em Materiais e Metrologia do IFPI - CTC
    Coordenador do Mestrado em Engenharia de Materiais do IFPI-CTC

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