domingo, 12 de agosto de 2012

O Brasil na Olimpíada

Por Emanoel Richardson

Parte II

E de repente chega “o PAN” e o Brasil ganha muitas medalhas, pois em nível continental é realmente muito competitivo entre seus vizinhos da America Latina. E o show de medalhas é potencializado pela imprensa num oba-oba que ilude o público, acostumado a sempre esperar ver o Brasil campeão do futebol.

E no ano seguinte chega a Olimpíada (e não “as olimpíadas” como grande parte da mídia erroneamente chama). E aí vem as “decepções”.

Os “torcedores” geralmente ignorantes sobre os demais esportes, não espera nada além do ouro e ficam à mercê das ilusões vendidas pela imprensa, que por desconhecimento e falta do dever de casa, espera uma chuva de medalhas. E isso numa sucessão de erros, narradores e alguns comentaristas que não conhecem o objeto e cometem erros grosseiros, e só confundem o público. E o brasileiro decepciona, e a brasileira “amarela”, e os comentários não informam nada. E o público, adestrado em projetar suas frustrações no sucesso ou derrota de “heróis” da mídia, de repente se tornam especialistas sem saber do que falam.

Ora, em todos os esportes existem os fracassos e as derrotas, até as inesperadas. Só nessa primeira semana de jogos eu contabilizei 6 candidatos a medalha americanos que fracassaram e outros quatro britânicos, contra, vamos dizer três brasileiros. A diferença é que eles têm 20, 30 candidatos à medalha enquanto o Brasil tem esses três!
E festa por que a Olimpíada em 2016 será no Rio de Janeiro! E daqui a quatro anos será a mesma coisa. O Brasil vai continuar ganhando em torno de 15 medalhas, vão continuar acontecendo as “decepções”. Nesse caso maiores por que estaremos “em casa”. E nem adianta se num milagre o Brasil começar a fazer o dever de casa, pois são necessário pelo menos 8 anos pra se fazer um atleta olímpico. Os possíveis medalhistas brasileiros já estão aí, no mínimo com 17, 18 anos. Pelo menos cuidemos deles.

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