HISTÓRIA DO PIAUÍ - A cidade de Oeiras, denominada Vila da Mocha de 1712 até 1761, em virtude do rio Mocha, e capital do Piauí de 1758 a 1851, poderia ter tido outro nome: Pombal...senão vejamos...
Logo depois da criação da Capitania de São José do Piauí, em 1758, o governo daqui resolveu honrar o influente primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), durante o reinado de d. José I (1714-1777), colocando o nome da capital do Piauí em sua homenagem. O ministro ficou conhecido no Brasil como Marquês de Pombal.
Então, por que a cidade se chama Oeiras e não Pombal?
Explico...antes de ter o título de marquês, o primeiro-ministro tinha recebido outro título, 1º Conde de Oeiras, pelos relevantes serviços prestados a Portugal após o terremoto de Lisboa (1755), uma das piores catástrofes naturais da Europa até hoje!!! Oeiras era a cidade portuguesa de onde o ministro despachava.
Diante da morte de milhares de pessoas, em decorrência do terremoto e dos maremotos, que vieram depois e, por fim, dos incêndios que se seguiram a tudo isso, o Conde de Oeiras passou a orientar as medidas emergenciais contra esse sinistro!!!
Por isso, o rei de Portugal d. José I concedeu em 15 de julho de 1759 o título de 1º Conde de Oeiras ao seu ministro predileto. Posteriormente, em 16 de setembro de 1769, o primeiro-ministro foi novamente agraciado com outro título: o de Marquês de Pombal, por seus valiosos serviços prestados ao Reino de Portugal.
Entretanto, em 1761, Sebastião José de Carvalho e Melo, ainda era o Conde de Oeiras; ou seja, se a cidade de Oeiras tivesse somente mudado de nome alguns anos depois...quem sabe não se chamaria Pombal...esta última é o nome da cidade onde o primeiro-ministro morreu...
Sugestão de bibliografia: PAICE, Edward. A Ira de Deus: o terremoto de Lisboa de 1755. Rio de Janeiro: Editora Record: 2010. 336p. 54,90 reais. Abaixo: imagem do Conde de Oeiras e Marquês de Pombal.
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