terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia da Consciência Negra

Por Clayton Ribeiro

No Dia de Zumbi ou da Consciência Negra, o Brasil tem o que comemorar. A partir de 2003, com a complementação do Art. 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB -, a história da cultura afro-brasileira tem ganho destaque e espaço no livros didáticos, paradidáticos e no mercado editorial.

Assim, o Art. 26 que trata dos conteúdos do Ensino Fundamental e Médio teve um acréscimo (Art. 26-A) com a seguinte redação:

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura
afro-brasileira e indígena.

Na verdade, o governo federal consolidou tardiamente uma tendência, a Bahia já tinha colocado a obrigatoriedade desse conteúdo em sua grade curricular no ano de 1983. Porém, a partir do acréscimo feito na LDB em 2003 houve uma melhoria inquestionável na valorização do conteúdo da cultura dos afrodescendentes tanto quanto da história africana.

Hoje, nas universidades públicas ou particulares o tema da moda é esse, dos afro-brasileiros. Departamentos de História criaram linhas de pesquisa específicas, assim como grupos de pesquisa sobre a história dos afro-brasileiros. Mais verbas públicas são liberadas para eventos acadêmicos, palestras, etc.; enfim, a década de 2000 mudou o panorama acanhado das décadas anteriores com relação ao conteúdo discutido aqui.

A própria história africana passou a ter maior destaque. Entretanto, os livros didáticos precisam melhorar bastante. O conteúdo ainda é trabalhado de modo descritivo. Além disso, concentra-se muita energia no estudos dos conflitos em torno da estrutura econômica, deixando de lado a contribuição cultural propriamente dita. Porém, minha avaliação é otimista. Um abraço.

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