domingo, 8 de abril de 2012

Capitanias hereditárias ou donatarias?

Donatarias. O erro está em se pensar o sistema de capitanias, cujo objetivo primordial era povoar por meio da exploração agrícola – como forma de se manter o colono fixado – a partir de uma perspectiva individual e hereditária. Ora, no tempo curto de uma geração, de pai para filho (o herdeiro), realmente pode-se dizer que poucas capitanias prosperaram; entretanto, se olharmos para as capitanias como um sistema de povoamento, como é o certo, a situação muda completamente.
Do ponto de vista do sistema, ou seja, do Estado português, a situação individual das capitanias não era tão importante assim. Se uma capitania fracassava, pois bem, substituía-se o dono. Assim, entrava em seu lugar outro explorador com novos recursos e colonos. Desse modo, a colônia foi sendo povoada; resultado: hoje somos quase 200 milhões de brasileiros!!!
Esta também era a percepção da Coroa portuguesa que manteve as capitanias donatarias - em todo seu império ultramarino - de 1440 até 1770, portanto, por mais de 300 anos; sendo a instituição mais duradoura do período colonial lusitano!!! Então, não vamos mais pensar nas capitanias donatarias como um fracasso, mas, pelo contrário, como um sucesso!!!
Regiões do império português em que existiram capitanias-donatarias: Portugal, Madeira, Açores, Cabo Verde, São Tomé e o Brasil.
No Brasil, as capitanias-donatarias funcionaram no período de 1534 a 1759.
Observação: não existe uma bibliografia de referência sobre o tema, somente livros que abordam indiretamente as capitanias-donatarias como, por exemplo: MATTOSO, José (direção). História de Portugal. – 04 volume – Lisboa: Editorial Estampa, 1998.
Como este livro é importado, seu valor deve, com certeza, passar dos 100,00 reais. Porém, vale a pena...


Nenhum comentário:

Postar um comentário