IURI DANTAS , BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) admitiu a demora na concessão de licenças, mas atribui o problema à "escassez de mão de obra especializada na pesquisa arqueológica" e ao "aumento no número de grandes empreendimentos de infraestrutura". Ou seja, há cada vez mais obras, mas faltam profissionais e isso atrasa e prejudica a avaliação de projetos.
"Não apenas o poder público se ressente com a falta de técnicos capacitados para as pesquisas, o empresariado também tem enfrentado dificuldades para a contratação de especialistas", disse o instituto em nota encaminhada ao Estado. "Esse quadro tem gerado cerca de 40% de indeferimento dos projetos de pesquisa que chegam ao Iphan, apresentando fragilidades e inconsistências."
De acordo com o instituto, cerca de 800 processos aguardam licenciamento hoje. No ano passado, a instituição publicou 1.200 portarias de autorização de pesquisa arqueológica. "Mesmo com o grande volume de processos, o Iphan desconhece casos que estejam com demora de até 15 meses", informou.
Bahia. O instituto identificou "inconformidades técnicas" em "grande parte" dos projetos para a construção das linhas de transmissão para interligar o parque eólico da Bahia ao sistema nacional de energia. Isso provocou "o indeferimento e a devolução para as devidas adequações, provocando atrasos nas obras". "No entanto, estão todos em andamento."
Ainda na Bahia, a Instalação Compartilhada de Geração (ICG) de Igaporã teve um primeiro estudo arqueológico indeferido em novembro. Novo documento foi apresentado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) em 14 de janeiro e quatro dias depois o Iphan autorizou a pesquisa. "Nesse caso, a empresa fará a prospecção arqueológica sob a fiscalização do Iphan, uma medida adotada em caráter excepcional, com o propósito de agilizar os trabalhos."
Piauí. Indagado sobre a demora no licenciamento de novas linhas de transmissão para o programa Luz Para Todos no Piauí, o Iphan informou ter detectado "destruição de um sítio arqueológico próximo à Serra da Capivara", cujo valor é inestimável. Para sanar o problema, o Iphan vai acompanhar as obras do empreendimento numa tentativa de evitar novos prejuízos.
Prof Clayton Ribeiro
Blog sobre História e Educação.
segunda-feira, 4 de março de 2013
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Rio Poty só se salva com 100% de esgoto tratado; entenda o caso
Fonte: 180graus net
Multiplicam-se nas redes sociais as campanhas “Salve o Poti”. A ênfase é no tratamento de esgoto, que têm de ser 100% na cidade de Teresina, a única forma de nosso rio não virar um Tietê, segundo afirmam ambientalistas da Universidade Federal do Piauí.
A responsabilidade pela poluição do Rio é da Agespisa que trata apenas 17% do esgoto da cidade. O próprio Ministério Público entrou com uma ação pedindo o cumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Segundo o TAC, a Agespisa já deveria estar tratando 52% do esgoto da cidade e contar com projetos na região do Grande Dirceu, a mais poluente. Mas não está fazendo nada disso.
Mas a empresa já se mexeu e colocou em debate público um projeto de subdelegação de parte dos seus serviços. Com a ajuda da iniciativa privada, Teresina terá 100% de seu esgoto tratado em 10 anos. Só com esse índice de tratamento, o Poti voltará a ser aquele de nossas memórias, de peixes em abundância e passeios de caiaque.
Multiplicam-se nas redes sociais as campanhas “Salve o Poti”. A ênfase é no tratamento de esgoto, que têm de ser 100% na cidade de Teresina, a única forma de nosso rio não virar um Tietê, segundo afirmam ambientalistas da Universidade Federal do Piauí.
A responsabilidade pela poluição do Rio é da Agespisa que trata apenas 17% do esgoto da cidade. O próprio Ministério Público entrou com uma ação pedindo o cumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Segundo o TAC, a Agespisa já deveria estar tratando 52% do esgoto da cidade e contar com projetos na região do Grande Dirceu, a mais poluente. Mas não está fazendo nada disso.
Mas a empresa já se mexeu e colocou em debate público um projeto de subdelegação de parte dos seus serviços. Com a ajuda da iniciativa privada, Teresina terá 100% de seu esgoto tratado em 10 anos. Só com esse índice de tratamento, o Poti voltará a ser aquele de nossas memórias, de peixes em abundância e passeios de caiaque.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Novos talentos da Literatura Piauiense
Por Clayton Ribeiro
Em "Samyra, negra como a noite", primeiro livro escrito por Valdeir Dias de Souza, jovem escritor do sul do Piauí, entramos em contato com um texto leve, interessante, sobre o encontro entre duas culturas totalmente distintas: a cultura do caboclo piauiense, um quase sertanejo, com a cultura libanesa.
Como o Piauí recebeu várias famílias libanesas, em um processo de imigração já antigo, esse enredo descrito por Valdeir Dias em "Samyra" nos remete a uma realidade próxima e factível, principalmente, em Floriano, cidade esta que tem uma tradicional colônia de libaneses. Assim, é nesse município que Valdeir Dias imaginou sua trama, sua narrativa.
A descrição da cultura libanesa por si só já merece elogios. Por meio de uma linguagem moderna, sem preconceitos, ficamos conhecendo mais sobre uma cultura milenar, mediterrânea, que trouxe tantos benefícios para o ocidente (com "o" minúsculo mesmo), ao longo de um processo secular e pouco reconhecido.
Valdeir Dias também demonstra conhecer a fundo a cultura do sertanejo, ou seja, do homem simples, que tem em seu valor moral sua maior riqueza e patrimônio. Porém, a sociedade tradicional de Floriano, e do Brasil, quiça do mundo, teima em colocar os bens materiais em um patamar muito acima do que deveria, isto é, acima dos valores morais.
Desse modo, a personagem Samyra está entre quatro mundos: entre duas culturas diferentes, assim como entre duas classes econômicas não menos distintas. Quais escolhas ela fez? Com que lado do mundo ela decidiu viver e contra quem preferiu lutar? As respostas você verá lendo o livro "Samyra, negra como a noite".
Em "Samyra, negra como a noite", primeiro livro escrito por Valdeir Dias de Souza, jovem escritor do sul do Piauí, entramos em contato com um texto leve, interessante, sobre o encontro entre duas culturas totalmente distintas: a cultura do caboclo piauiense, um quase sertanejo, com a cultura libanesa.
Como o Piauí recebeu várias famílias libanesas, em um processo de imigração já antigo, esse enredo descrito por Valdeir Dias em "Samyra" nos remete a uma realidade próxima e factível, principalmente, em Floriano, cidade esta que tem uma tradicional colônia de libaneses. Assim, é nesse município que Valdeir Dias imaginou sua trama, sua narrativa.
A descrição da cultura libanesa por si só já merece elogios. Por meio de uma linguagem moderna, sem preconceitos, ficamos conhecendo mais sobre uma cultura milenar, mediterrânea, que trouxe tantos benefícios para o ocidente (com "o" minúsculo mesmo), ao longo de um processo secular e pouco reconhecido.
Valdeir Dias também demonstra conhecer a fundo a cultura do sertanejo, ou seja, do homem simples, que tem em seu valor moral sua maior riqueza e patrimônio. Porém, a sociedade tradicional de Floriano, e do Brasil, quiça do mundo, teima em colocar os bens materiais em um patamar muito acima do que deveria, isto é, acima dos valores morais.
Desse modo, a personagem Samyra está entre quatro mundos: entre duas culturas diferentes, assim como entre duas classes econômicas não menos distintas. Quais escolhas ela fez? Com que lado do mundo ela decidiu viver e contra quem preferiu lutar? As respostas você verá lendo o livro "Samyra, negra como a noite".
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Índia indicia cinco acusados de estuprar jovem em ônibus de Nova Déli
Fonte: Folha de S. Paulo net
As autoridades indianas indiciaram nesta quinta-feira por estupro e homicídio doloso cinco dos seis acusados de violentar uma jovem de 23 anos em um ônibus da capital Nova Déli, em 16 de dezembro. Ela morreu no sábado (29) devido aos ferimentos provocados pela ação.
O promotor responsável pelo caso, Rajiv Mohan, determinou ainda que os acusados sejam indiciados por ocultação de provas, sequestro, entre outros crimes não especificados. Caso condenados, os acusados deverão passar pela pena de morte.
Os homens processados são o motorista do ônibus Ram Singh, 33; Mukesh Singh, 26, faxineiro da empresa de transporte e irmão do condutor; Akshay Singh, 24, que também trabalhava na empresa de ônibus; o vendedor de frutas Pavan Gupta, 19, e o professor de educação física Vinay Sharma, 20.
O sexto suspeito, um adolescente de 17 anos, foi apreendido e deverá passar por uma avaliação óssea para determinar sua idade real. Caso seja confirmado como menor, ele pode ser sentenciado a até três anos de medidas socioeducativas.
Os acusados serão julgados em um tribunal especial criado para julgar crimes contra a mulher, inaugurado um dia antes da acusação. O promotor também pediu que a primeira audiência com os suspeitos, prevista para o próximo sábado (5), seja fechada.
MORTE
O estupro aconteceu na noite de 16 de dezembro, quando a jovem de 23 anos, que era estudante de fisioterapia, estava com o namorado dentro de um ônibus na parte sul de Nova Déli. Ela foi estuprada e espancada por seis homens.
A mulher morreu no último sábado (29), após ficar 13 dias no hospital, sendo três em Cingapura. Ela foi cremada na segunda (31) e suas cinzas foram jogadas no rio Ganges, sagrado para os hindus, em uma pequena cerimônia com parentes.
O caso causou comoção na Índia e uma série de protestos violentos, que pediam ao governo mais rigor na punição dos casos de estupro. A conduta omissa dos policiais também foi criticada. As comemorações de Ano Novo foram canceladas em todo o país devido ao risco de mais manifestações violentas.
As autoridades indianas indiciaram nesta quinta-feira por estupro e homicídio doloso cinco dos seis acusados de violentar uma jovem de 23 anos em um ônibus da capital Nova Déli, em 16 de dezembro. Ela morreu no sábado (29) devido aos ferimentos provocados pela ação.
O promotor responsável pelo caso, Rajiv Mohan, determinou ainda que os acusados sejam indiciados por ocultação de provas, sequestro, entre outros crimes não especificados. Caso condenados, os acusados deverão passar pela pena de morte.
Os homens processados são o motorista do ônibus Ram Singh, 33; Mukesh Singh, 26, faxineiro da empresa de transporte e irmão do condutor; Akshay Singh, 24, que também trabalhava na empresa de ônibus; o vendedor de frutas Pavan Gupta, 19, e o professor de educação física Vinay Sharma, 20.
O sexto suspeito, um adolescente de 17 anos, foi apreendido e deverá passar por uma avaliação óssea para determinar sua idade real. Caso seja confirmado como menor, ele pode ser sentenciado a até três anos de medidas socioeducativas.
Os acusados serão julgados em um tribunal especial criado para julgar crimes contra a mulher, inaugurado um dia antes da acusação. O promotor também pediu que a primeira audiência com os suspeitos, prevista para o próximo sábado (5), seja fechada.
MORTE
O estupro aconteceu na noite de 16 de dezembro, quando a jovem de 23 anos, que era estudante de fisioterapia, estava com o namorado dentro de um ônibus na parte sul de Nova Déli. Ela foi estuprada e espancada por seis homens.
A mulher morreu no último sábado (29), após ficar 13 dias no hospital, sendo três em Cingapura. Ela foi cremada na segunda (31) e suas cinzas foram jogadas no rio Ganges, sagrado para os hindus, em uma pequena cerimônia com parentes.
O caso causou comoção na Índia e uma série de protestos violentos, que pediam ao governo mais rigor na punição dos casos de estupro. A conduta omissa dos policiais também foi criticada. As comemorações de Ano Novo foram canceladas em todo o país devido ao risco de mais manifestações violentas.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Objetos de culto de 3 mil anos são encontrados perto de Jerusalém
Fonte: Estadão net
Arqueólogos israelenses descobriram um templo e objetos provavelmente usados em práticas religiosas de idolatria há mais de 3.000 anos, anunciou nesta quarta-feira o Departamento Israelense de Antiguidades.
Objetos de barrro usados em práticas e rituais religiosos, descobertos em Tel Motza
(Foto de Menahem Kahana/AFP)
Os vestígios foram descobertos em Tel Motza, a alguns quilômetros de Jerusalém, durante as escavações arqueológicas realizadas antes do início das obras na estrada entre Jerusalém e Tel Aviv.
"O local de culto de Tel Motza é uma descoberta surpreendente e inesperada, porque não há praticamente nenhum vestígio de locais de culto para o período do reino da Judeia", declararam os diretores das escavações em um comunicado.
Esta descoberta é uma evidência rara das práticas religiosas fora de Jerusalém durante a antiga monarquia do reino judeu da Judeia, disse à AFP Eirikh Anna, que co-dirigiu as escavações.
Este reino foi criado após a morte do rei Salomão, que causou um cisma entre as doze tribos de Israel, 10 delas formaram o novo Reino de Israel (no norte), enquanto os de Judá e Benjamin reuniram-se em torno de Jerusalém para construir o reino de Judá.
Os vestígios datam do século 9 ou 10 a.C, na época do Primeiro Templo em Jerusalém. Eles sugerem que os judeus da época mantinham práticas idólatras religiosas paralelas à prática dominante do judaísmo no templo de Jerusalém, considerou Eirikh.
"É muito interessante ver esses objetos religiosos e este templo tão perto de Jerusalém", acrescentou, ressaltando o caráter "maciço" do altar e dos muros do templo de Tel-Motza.
Diversos objetos foram descobertos nas proximidades, principalmente cerâmicas, fragmentos de cálices e estatuetas de homens e animais, incluindo um cavalo.
Arqueólogos israelenses descobriram um templo e objetos provavelmente usados em práticas religiosas de idolatria há mais de 3.000 anos, anunciou nesta quarta-feira o Departamento Israelense de Antiguidades.
Objetos de barrro usados em práticas e rituais religiosos, descobertos em Tel Motza
(Foto de Menahem Kahana/AFP)
Os vestígios foram descobertos em Tel Motza, a alguns quilômetros de Jerusalém, durante as escavações arqueológicas realizadas antes do início das obras na estrada entre Jerusalém e Tel Aviv.
"O local de culto de Tel Motza é uma descoberta surpreendente e inesperada, porque não há praticamente nenhum vestígio de locais de culto para o período do reino da Judeia", declararam os diretores das escavações em um comunicado.
Esta descoberta é uma evidência rara das práticas religiosas fora de Jerusalém durante a antiga monarquia do reino judeu da Judeia, disse à AFP Eirikh Anna, que co-dirigiu as escavações.
Este reino foi criado após a morte do rei Salomão, que causou um cisma entre as doze tribos de Israel, 10 delas formaram o novo Reino de Israel (no norte), enquanto os de Judá e Benjamin reuniram-se em torno de Jerusalém para construir o reino de Judá.
Os vestígios datam do século 9 ou 10 a.C, na época do Primeiro Templo em Jerusalém. Eles sugerem que os judeus da época mantinham práticas idólatras religiosas paralelas à prática dominante do judaísmo no templo de Jerusalém, considerou Eirikh.
"É muito interessante ver esses objetos religiosos e este templo tão perto de Jerusalém", acrescentou, ressaltando o caráter "maciço" do altar e dos muros do templo de Tel-Motza.
Diversos objetos foram descobertos nas proximidades, principalmente cerâmicas, fragmentos de cálices e estatuetas de homens e animais, incluindo um cavalo.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Governador corta R$ 19 milhões do orçamento da UESPI para usar na Saúde
Fonte: 180graus net
O final de ano chegou e o governo do Estado se apressa para ajustar as contas ‘mal planejadas’ e ‘mal executadas’. É o que está acontecendo com os serviços de Saúde, que a Advocacia Geral da União acusa do Estado de não usar o percentual mínimo de 12% do orçamento com a Saúde.
No último dia 19, o governador Wilson Martins realizou diversos cortes no orçamento e remanejou os valores para os serviços de Saúde, para evitar o bloqueio de recursos por parte da União.
Dentre os órgãos atingidos pela maior parte dos cortes de R$ 40 milhões está a Universidade Estadual do Piauí. A UESPI vai deixar de usar neste final de ano R$ 19,4 milhões. Os valores estão no DOE do dia 20/12.
O final de ano chegou e o governo do Estado se apressa para ajustar as contas ‘mal planejadas’ e ‘mal executadas’. É o que está acontecendo com os serviços de Saúde, que a Advocacia Geral da União acusa do Estado de não usar o percentual mínimo de 12% do orçamento com a Saúde.
No último dia 19, o governador Wilson Martins realizou diversos cortes no orçamento e remanejou os valores para os serviços de Saúde, para evitar o bloqueio de recursos por parte da União.
Dentre os órgãos atingidos pela maior parte dos cortes de R$ 40 milhões está a Universidade Estadual do Piauí. A UESPI vai deixar de usar neste final de ano R$ 19,4 milhões. Os valores estão no DOE do dia 20/12.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Bóson de Higgs, o maior feito da ciência em 2012
Fonte: Jornal Estadão virtual
A revista americana Science anunciou ontem a sua tradicional lista de dez maiores avanços da ciência no ano. O grande campeão de 2012 não poderia ser outro: a descoberta do bóson de Higgs - a chamada "partícula de Deus" -, nas dependências do Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior e mais caro projeto científico de todos os tempos.
A descoberta foi anunciada pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), no dia 4 de julho, em Genebra, num evento que, aconteça o que acontecer, já entrou para a história da ciência. Descobrir - ou demonstrar a não existência - do bóson de Higgs era o maior desafio por trás do LHC, um gigantesco acelerador de partículas subterrâneo com 27 quilômetros de comprimento, que custou US$ 5,5 bilhões para ser construído.
O bóson era a partícula que faltava para completar o Modelo Padrão, o quebra-cabeça de equações elementares da física que descreve a composição e o funcionamento de toda a matéria visível do universo. Segundo a teoria, é a partícula que dá massa a todas as outras partículas, como prótons e elétrons.
"Fecha-se um episódio importantíssimo na história do conhecimento humano. Hoje temos um modelo que descreve com enorme precisão todas as interações relevantes para o mundo subatômico", diz o físico brasileiro Sergio Novaes, da Unesp, um dos seis mil cientistas ao redor do mundo que colaboraram nos experimentos.
A existência do bóson já era prevista teoricamente há mais de 40 anos, mas faltavam resultados experimentais para provar que ela existe de verdade. Foi o que fez o LHC, acelerando e colidindo prótons em velocidades próximas à da luz.
Genômica. Outros nove avanços receberam menção honrosa. Entre eles, o aprimoramento das técnicas de sequenciamento de DNA fóssil, que mapearam com maior precisão o genoma de um hominídeo, e a Enciclopédia de Elementos de DNA (Encode, em inglês), projeto de US$ 288 milhões que desbancou o conceito de "DNA lixo" - os resultados, publicados em setembro, revelam que 80% do genoma humano têm função bioquímica.
Outro destaque foi o desenvolvimento de uma biotecnologia molecular chamada Talent, que permite desligar genes de forma muito mais específica do que pelas metodologias anteriores. Já a biologia celular comprovou que as células-tronco embrionárias podem ser transformadas em óvulos aptos para reprodução.
Na exploração espacial, não poderia faltar a missão Curiosity, da Nasa, que pôs mais um jipe-robô a procurar indícios de vida em Marte. Foram citados ainda estudos com neutrinos na China, o uso de lasers de raio X para determinar a estrutura de proteínas, a descoberta da partícula fêrmion Majorana e avanços na tecnologia de interface cérebro-máquina.
A revista americana Science anunciou ontem a sua tradicional lista de dez maiores avanços da ciência no ano. O grande campeão de 2012 não poderia ser outro: a descoberta do bóson de Higgs - a chamada "partícula de Deus" -, nas dependências do Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior e mais caro projeto científico de todos os tempos.
A descoberta foi anunciada pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), no dia 4 de julho, em Genebra, num evento que, aconteça o que acontecer, já entrou para a história da ciência. Descobrir - ou demonstrar a não existência - do bóson de Higgs era o maior desafio por trás do LHC, um gigantesco acelerador de partículas subterrâneo com 27 quilômetros de comprimento, que custou US$ 5,5 bilhões para ser construído.
O bóson era a partícula que faltava para completar o Modelo Padrão, o quebra-cabeça de equações elementares da física que descreve a composição e o funcionamento de toda a matéria visível do universo. Segundo a teoria, é a partícula que dá massa a todas as outras partículas, como prótons e elétrons.
"Fecha-se um episódio importantíssimo na história do conhecimento humano. Hoje temos um modelo que descreve com enorme precisão todas as interações relevantes para o mundo subatômico", diz o físico brasileiro Sergio Novaes, da Unesp, um dos seis mil cientistas ao redor do mundo que colaboraram nos experimentos.
A existência do bóson já era prevista teoricamente há mais de 40 anos, mas faltavam resultados experimentais para provar que ela existe de verdade. Foi o que fez o LHC, acelerando e colidindo prótons em velocidades próximas à da luz.
Genômica. Outros nove avanços receberam menção honrosa. Entre eles, o aprimoramento das técnicas de sequenciamento de DNA fóssil, que mapearam com maior precisão o genoma de um hominídeo, e a Enciclopédia de Elementos de DNA (Encode, em inglês), projeto de US$ 288 milhões que desbancou o conceito de "DNA lixo" - os resultados, publicados em setembro, revelam que 80% do genoma humano têm função bioquímica.
Outro destaque foi o desenvolvimento de uma biotecnologia molecular chamada Talent, que permite desligar genes de forma muito mais específica do que pelas metodologias anteriores. Já a biologia celular comprovou que as células-tronco embrionárias podem ser transformadas em óvulos aptos para reprodução.
Na exploração espacial, não poderia faltar a missão Curiosity, da Nasa, que pôs mais um jipe-robô a procurar indícios de vida em Marte. Foram citados ainda estudos com neutrinos na China, o uso de lasers de raio X para determinar a estrutura de proteínas, a descoberta da partícula fêrmion Majorana e avanços na tecnologia de interface cérebro-máquina.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Faraó Ramsés 3º morreu com golpe na garganta, afirma pesquisa
Fonte: Folha de São Paulo virtual
Um crime que prescreveu há mais de 3.000 anos finalmente foi elucidado: o faraó Ramsés 3º foi mandado para o Outro Mundo por meio de uma facada na garganta, afirmam pesquisadores.
A conclusão vem de uma detalhada análise forense da múmia do monarca egípcio, despachado para o reino dos mortos no ano 1155 a.C., provavelmente. O estudo, que incluiu tomografias computadorizadas e análises de DNA, está na revista médica "BMJ".
France Presse
Múmia do faraó Ramsés 3º
A partir da leitura de um antigo texto egípcio, o chamado Papiro Judicial de Turim, já se sabia que Ramsés 3º tinha sofrido um atentado em seu harém. Os responsáveis parecem ter sido uma das esposas dele, a rainha Tiy, e o filho do casal, Pentawere.
O papiro, porém, dava a entender que o faraó havia conduzido o julgamento dos traidores -o que a tomografia indica ter sido impossível.
É que o golpe de faca cortou a traqueia, o esôfago e uma série de vasos sanguíneos grandes, chegando até a raspar uma das vértebras do pescoço. A morte do rei deve ter sido instantânea.
A análise de DNA do estudo comparou, além disso, o cromossomo Y (a marca genética da masculinidade) do faraó com a múmia de um homem misterioso, achada no mesmo complexo real onde Ramsés 3º foi enterrado.
Resultado: o mesmo cromossomo. Juntando isso ao fato de que o homem não identificado morreu por volta dos 20 anos de idade, os cientistas especulam que se trate de Pentawere, o príncipe traidor de seu pai.
A equipe do estudo foi liderada por Zahi Hawass, ex-czar de antiguidades do Egito, e pelo paleopatologista Albert Zink, da Academia Europeia em Bolzano, Itália.
Um crime que prescreveu há mais de 3.000 anos finalmente foi elucidado: o faraó Ramsés 3º foi mandado para o Outro Mundo por meio de uma facada na garganta, afirmam pesquisadores.
A conclusão vem de uma detalhada análise forense da múmia do monarca egípcio, despachado para o reino dos mortos no ano 1155 a.C., provavelmente. O estudo, que incluiu tomografias computadorizadas e análises de DNA, está na revista médica "BMJ".
France Presse
Múmia do faraó Ramsés 3º
A partir da leitura de um antigo texto egípcio, o chamado Papiro Judicial de Turim, já se sabia que Ramsés 3º tinha sofrido um atentado em seu harém. Os responsáveis parecem ter sido uma das esposas dele, a rainha Tiy, e o filho do casal, Pentawere.
O papiro, porém, dava a entender que o faraó havia conduzido o julgamento dos traidores -o que a tomografia indica ter sido impossível.
É que o golpe de faca cortou a traqueia, o esôfago e uma série de vasos sanguíneos grandes, chegando até a raspar uma das vértebras do pescoço. A morte do rei deve ter sido instantânea.
A análise de DNA do estudo comparou, além disso, o cromossomo Y (a marca genética da masculinidade) do faraó com a múmia de um homem misterioso, achada no mesmo complexo real onde Ramsés 3º foi enterrado.
Resultado: o mesmo cromossomo. Juntando isso ao fato de que o homem não identificado morreu por volta dos 20 anos de idade, os cientistas especulam que se trate de Pentawere, o príncipe traidor de seu pai.
A equipe do estudo foi liderada por Zahi Hawass, ex-czar de antiguidades do Egito, e pelo paleopatologista Albert Zink, da Academia Europeia em Bolzano, Itália.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Educação - Iletramento
Por Zacarias Sampaio
Lamentavelmente a gente vê o reflexo disso constantemente nas redes sociais. Gente que lê mas não entende, ou faz interpretações totalmente equivocadas sobre o que está escrito.
"A UNESCO define analfabeto funcional como toda pessoa que sabe escrever seu próprio nome, assim como lê e escreve frases simples, efetua cálculos básicos, porém é incapaz de interpretar o que lê e de usar a leitura e a escrita em atividades cotidianas, impossibilitando seu desenvolvimento pessoal e profissional. Ou seja, o analfabeto funcional não consegue extrair o sentido das palavras, colocar idéias no papel por meio da escrita, nem fazer operações matemáticas mais elaboradas."
"No Brasil, 75% das pessoas entre 15 e 64 anos não conseguem ler, escrever e calcular plenamente. Esse número inclui os 68% considerados analfabetos funcionais e os 7% considerados analfabetos absolutos, sem qualquer habilidade de leitura ou escrita. Apenas 1 entre 4 brasileiros consegue ler, escrever e utilizar essas habilidades para continuar aprendendo."
Lamentavelmente a gente vê o reflexo disso constantemente nas redes sociais. Gente que lê mas não entende, ou faz interpretações totalmente equivocadas sobre o que está escrito.
"A UNESCO define analfabeto funcional como toda pessoa que sabe escrever seu próprio nome, assim como lê e escreve frases simples, efetua cálculos básicos, porém é incapaz de interpretar o que lê e de usar a leitura e a escrita em atividades cotidianas, impossibilitando seu desenvolvimento pessoal e profissional. Ou seja, o analfabeto funcional não consegue extrair o sentido das palavras, colocar idéias no papel por meio da escrita, nem fazer operações matemáticas mais elaboradas."
"No Brasil, 75% das pessoas entre 15 e 64 anos não conseguem ler, escrever e calcular plenamente. Esse número inclui os 68% considerados analfabetos funcionais e os 7% considerados analfabetos absolutos, sem qualquer habilidade de leitura ou escrita. Apenas 1 entre 4 brasileiros consegue ler, escrever e utilizar essas habilidades para continuar aprendendo."
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