Por Clayton Ribeiro
Neste sábado, na 22ª Cúpula Iberoamericana, a presidente Dilma Rousseff cobrou uma mudança nos rumos da política econômica da Europa, que tem sido bastante conservadora, e lembrou que o Brasil fez os ajustes necessários no passado, na década de 1980.
Na zona do euro, optou-se pela redução de salários, aumento de impostos, perda de benefícios sociais, etc, então, Dilma apresentou a única solução que ela conhece: facilitação do crédito; aumento dos gastos públicos, entre outras coisas. A presidenta do Brasil também falou sobre o incentivo a maior divisão de renda nos países europeus.
Imagem da presidente Dilma Rousseff. Crédito da imagem: documentoreservado.com.br
Entretanto, é preciso se ressaltar vários aspectos. O Brasil não precisou fazer ajustes no mesmo grau que os países europeus, pois aqui nunca houve Estado do Bem-Estar Social, ou seja, investimentos pesados em saúde, educação e benefícios trabalhistas. O Brasil apenas teve que cortar gastos desnecessários com estatais ou com a corrupção exagerada. Depois, em 1994, com o Plano Real controlou-se a inflação, que era na verdade hiperinflação. Com o controle da inflação, o governo fez uma opção importante, a ampliação do mercado de consumo, incluindo a classe média baixa. Essas medidas deram um fôlego para a nossa economia, mas não foram suficientes elevar o país à categoria de supereconomia. Essa condição somente foi possível com a expansão do agronegócio e da exploração do petróleo.
Bom, a nossa situação hoje em dia é um pouco diferente. Nosso mercado interno está praticamente saturado, sendo uma parte considerável dele formado por milhões de brasileiros que dependem da transferência de renda, ou seja, não têm trabalho. Assim, o nosso mercado de consumo depende cada vez mais da melhoria da renda da população, mas isto não ocorrerá sem a criação de empregos formais, com direitos trabalhistas. Para isso, o país depende da abertura de novas fábricas ou de empresas, etc. A exportação de produtos com tecnologia - e de alto valor agregado - será a maneira mais rápida para se conseguir isso, porém o Brasil tradicionalmente não investe nesse setor. Notícias boas não vão chegar da noite para o dia. O investimento em desenvolvimento de tecnologia leva anos e consome muito, muito, muito dinheiro.
Enquanto isso, os europeus investiram pesadamente em educação, saúde e benefícios trabalhistas. Porém, o mercado interno europeu já tinha atingido seu pico ainda antes da 2ª Grande Guerra. Assim, a Europa não tem mais a opção de aumentar o mercado interno, opção esta que em pouco tempo também não poderemos contar. O Velho Continente não pode apelar para o agronegócio. As exportações de produtos manufaturados dos europeus estão em queda livre, a China é um competidor muito difícil de ser vencido nesse campo. Como se vê, a situação dos europeus é muito delicada. Por isso a mudança tem ser interna, a melhoria vai quase imperceptível e ainda haverá muita luta dos trabalhadores. Mas é preciso ser feito algo impopular!
Desse jeito, a presidente Dilma deveria ser um pouco mais humilde e conhecer melhor nossa história econômica recente, assim como a dos europeus.
sábado, 17 de novembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Israel: uma grande ameaça à paz mundial
Por Clayton Ribeiro
Entenda: Israel era uma nação sem território até a 2ª Guerra Mundial. Em 1948, em decorrência da perseguição sofrida pelos judeus na Europa, as Nações Unidas legitimaram a anexação de territórios árabes no Oriente Médio, começava um grande problema. Nessa época, os países árabes não tinham força bélica para contrapor a invasão judaica; assim, a questão ficou em aberto.
Com o avanço da exploração do petróleo no Oriente Médio, os países árabes rapidamente montaram exércitos razoavelmente equipados, apesar de sempre estarem em desvantagem em relação ao Estado de Israel. Desse modo, esse Estado mantém sua presença na região com base na força militar. Porém, a situação poderia já ter sido estabilizada, pois os árabes cederam e aceitaram a perda dos territórios conquistados por Israel.
Por que então a crise continua?
Do ponto de vista da estratégia geopolítica, o Estado de Israel trabalha com a política de expandir o máximo possível para, depois de certo tempo, aceitar um acordo de paz. Ou seja, quanto mais tempo demorar o acordo, mais território será anexado por Israel em detrimento dos palestinos.
Quando ocorrerá um acordo?
Um acordo de paz somente será possível quando os países árabes contraporem um poder militar semelhante ao de Israel ou, como no caso do Líbano, que conseguiu causar muitas baixas no exército israelense ao ponto do custo-benefício da guerra não valer a pena para estes últimos. Assim, Israel abandonou o Líbano no ano de 2000. Um abraço.
Entenda: Israel era uma nação sem território até a 2ª Guerra Mundial. Em 1948, em decorrência da perseguição sofrida pelos judeus na Europa, as Nações Unidas legitimaram a anexação de territórios árabes no Oriente Médio, começava um grande problema. Nessa época, os países árabes não tinham força bélica para contrapor a invasão judaica; assim, a questão ficou em aberto.
Com o avanço da exploração do petróleo no Oriente Médio, os países árabes rapidamente montaram exércitos razoavelmente equipados, apesar de sempre estarem em desvantagem em relação ao Estado de Israel. Desse modo, esse Estado mantém sua presença na região com base na força militar. Porém, a situação poderia já ter sido estabilizada, pois os árabes cederam e aceitaram a perda dos territórios conquistados por Israel.
Por que então a crise continua?
Do ponto de vista da estratégia geopolítica, o Estado de Israel trabalha com a política de expandir o máximo possível para, depois de certo tempo, aceitar um acordo de paz. Ou seja, quanto mais tempo demorar o acordo, mais território será anexado por Israel em detrimento dos palestinos.
Quando ocorrerá um acordo?
Um acordo de paz somente será possível quando os países árabes contraporem um poder militar semelhante ao de Israel ou, como no caso do Líbano, que conseguiu causar muitas baixas no exército israelense ao ponto do custo-benefício da guerra não valer a pena para estes últimos. Assim, Israel abandonou o Líbano no ano de 2000. Um abraço.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Nazareno Fonteles e Dias Toffoli, quem aguenta? Socorro Padre Vieira.
Por Clayton Ribeiro
Vivemos em uma época perigosa, de inversão de valores completa. Não que eu seja conservador, não é isso, mas existem avanços históricos no campo do respeito à separação e coordenação entre os poderes que não podem, simplesmente, ser colocados no lixo.
Imagem do Dep. Federal Nazareno Fonteles. Crédito da imagem: agricolandianews.com.br
Dias Toffoli (esquerda). Crédito da imagem: blog.planalto.gov.br
No plano estadual, assistimos estarrecidos ao comportamento do Deputado Federal Nazareno Fonteles. Este parlamentar vem afirmando um caminhão de bobagens sobre o mensalão. Nazareno disse que não haviam provas contra os mensaleiros, bom, o tempo passou, agora os petistas discutem a reforma do sistema prisional; aliás, para que, se eles vão passar pouco tempo lá! Das provas, passou-se às penas. Que pena, a casa caiu! Nazareno parece o Dom Quixote ao contrário, este via sombras e pensava que eram monstros; já o deputado piauiense está do lado do Capeta e pensa que o cheiro de enxofre vem das águas do Rio Poty, ali em frente ao Riverside. E o Dias pToffoli, agora quer o bandido sem a penalidade, a cadeia sem grade, ou seja, um mundo do faz de conta, quixotesco. Dias pToffoli quer tratar os petistas como crianças que brincam do pega-esconde. É só devolver o que foi pego. Brincadeirinha de amigos. Mas não estamos a falar de pega-esconde e sim de milhões ou bilhões desviados dos cofres quase-públicos, pois agora sabe-se que eles também eram do PT.
Imagem da capa do livro dos sermões do Padre Vieira. Crédito da imagem: pontofrio.com.br
Ora, lembro dos sermões do Padre Vieira, a responsabilidade dos grandes deve ser proporcional ao dano que eles podem causar, logo, a penalidade dos mensaleiros petistas deverá ser maior do que o normal ou menor, segundo esse raciocínio? Resposta: menor ou nenhuma para Dias pToffoli. Um roubo cometido por um rei ou um poderoso qualquer - continuando com Padre Vieira - afeta muito mais gente do que a mesma prática feita por "ladrão de galinhas". Justo e sábio, não concordam? Um abraço.
Vivemos em uma época perigosa, de inversão de valores completa. Não que eu seja conservador, não é isso, mas existem avanços históricos no campo do respeito à separação e coordenação entre os poderes que não podem, simplesmente, ser colocados no lixo.
Imagem do Dep. Federal Nazareno Fonteles. Crédito da imagem: agricolandianews.com.br
Dias Toffoli (esquerda). Crédito da imagem: blog.planalto.gov.br
No plano estadual, assistimos estarrecidos ao comportamento do Deputado Federal Nazareno Fonteles. Este parlamentar vem afirmando um caminhão de bobagens sobre o mensalão. Nazareno disse que não haviam provas contra os mensaleiros, bom, o tempo passou, agora os petistas discutem a reforma do sistema prisional; aliás, para que, se eles vão passar pouco tempo lá! Das provas, passou-se às penas. Que pena, a casa caiu! Nazareno parece o Dom Quixote ao contrário, este via sombras e pensava que eram monstros; já o deputado piauiense está do lado do Capeta e pensa que o cheiro de enxofre vem das águas do Rio Poty, ali em frente ao Riverside. E o Dias pToffoli, agora quer o bandido sem a penalidade, a cadeia sem grade, ou seja, um mundo do faz de conta, quixotesco. Dias pToffoli quer tratar os petistas como crianças que brincam do pega-esconde. É só devolver o que foi pego. Brincadeirinha de amigos. Mas não estamos a falar de pega-esconde e sim de milhões ou bilhões desviados dos cofres quase-públicos, pois agora sabe-se que eles também eram do PT.
Imagem da capa do livro dos sermões do Padre Vieira. Crédito da imagem: pontofrio.com.br
Ora, lembro dos sermões do Padre Vieira, a responsabilidade dos grandes deve ser proporcional ao dano que eles podem causar, logo, a penalidade dos mensaleiros petistas deverá ser maior do que o normal ou menor, segundo esse raciocínio? Resposta: menor ou nenhuma para Dias pToffoli. Um roubo cometido por um rei ou um poderoso qualquer - continuando com Padre Vieira - afeta muito mais gente do que a mesma prática feita por "ladrão de galinhas". Justo e sábio, não concordam? Um abraço.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Manchete do dia: "Governador Wilson Martins quer o modelo de Cocal em todo o Piauí"
Por Clayton Ribeiro
Segundo o jornal Diário do Povo do Piauí, versão online, o governador Wilson Martins reuniu-se no dia 12 de novembro, segunda-feira, com o professor de matemática Antônio Cardoso do Amaral, docente este lotado na Unidade Escolar Teotônio Ferreira Brandão, em Cocal dos Alves. De acordo com o jornal, o objetivo do encontro foi estabelecer as bases de um projeto de replicação do método exitoso do professor Antônio Cardoso para outras escolas da região, em um primeiro momento e, depois, numa segunda fase, para todo o Estado do Piauí.
Imagem do encontro entre Wilson Martins e o professor Antônio Cardoso do Amaral. Crédito da imagem: jornal Diário do Povo do Piauí.
A ideia é muito boa e o professor Antônio Cardoso Amaral merece coordenar essa iniciativa, como está previsto, porém, tenho algumas ressalvas, não quanto ao projeto, mas contra a gestão do governador na educação.
Eu me pergunto: e se o professor Antônio Cardoso do Amaral não tivesse tido um desempenho tão acima da média, com destaque nacional? O governador não iria fazer nenhuma outra intervenção na educação no sentido da melhoria da qualidade de ensino, como não fez? Foi preciso um fenômeno ter surgido para motivar o fim do imobilismo do governo e da Secretaria de Educação? Metodologias de ensino já existem aos pencas, por que somente agora fala-se em adotar uma ação mais metodológica, científica?
Na mesma matéria, ficamos sabendo do interesse do governo em estender esse projeto para a área da Língua Portuguesa. Mas, e as outras áreas do conhecimento? Que Português e Matemática são fundamentais para a formação dos alunos, isso é óbvio; entretanto, um cidadão necessita de muito mais do que isso. O aluno precisa conhecer seus direitos e deveres, assim como deve ser incentivado a respeitar a diversidade de pensamento e comportamento, entre outras coisas inumeráveis. Desse modo, não se melhora a qualidade do ensino pela metade, ou por menos do que isso. um abraço.
Segundo o jornal Diário do Povo do Piauí, versão online, o governador Wilson Martins reuniu-se no dia 12 de novembro, segunda-feira, com o professor de matemática Antônio Cardoso do Amaral, docente este lotado na Unidade Escolar Teotônio Ferreira Brandão, em Cocal dos Alves. De acordo com o jornal, o objetivo do encontro foi estabelecer as bases de um projeto de replicação do método exitoso do professor Antônio Cardoso para outras escolas da região, em um primeiro momento e, depois, numa segunda fase, para todo o Estado do Piauí.
Imagem do encontro entre Wilson Martins e o professor Antônio Cardoso do Amaral. Crédito da imagem: jornal Diário do Povo do Piauí.
A ideia é muito boa e o professor Antônio Cardoso Amaral merece coordenar essa iniciativa, como está previsto, porém, tenho algumas ressalvas, não quanto ao projeto, mas contra a gestão do governador na educação.
Eu me pergunto: e se o professor Antônio Cardoso do Amaral não tivesse tido um desempenho tão acima da média, com destaque nacional? O governador não iria fazer nenhuma outra intervenção na educação no sentido da melhoria da qualidade de ensino, como não fez? Foi preciso um fenômeno ter surgido para motivar o fim do imobilismo do governo e da Secretaria de Educação? Metodologias de ensino já existem aos pencas, por que somente agora fala-se em adotar uma ação mais metodológica, científica?
Na mesma matéria, ficamos sabendo do interesse do governo em estender esse projeto para a área da Língua Portuguesa. Mas, e as outras áreas do conhecimento? Que Português e Matemática são fundamentais para a formação dos alunos, isso é óbvio; entretanto, um cidadão necessita de muito mais do que isso. O aluno precisa conhecer seus direitos e deveres, assim como deve ser incentivado a respeitar a diversidade de pensamento e comportamento, entre outras coisas inumeráveis. Desse modo, não se melhora a qualidade do ensino pela metade, ou por menos do que isso. um abraço.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Israel dispara contra Síria pela segunda vez e diz que atingiu alvo militar
Fonte: folha.uol.com.br
O Exército de Israel informou nesta segunda-feira que atingiu um alvo militar em território sírio na região das colinas de Golã, controlada pelo Estado hebraico, mas reivindicada por Damasco. O disparo é o segundo desde domingo, após uma trégua de 39 anos.
Segundo militares israelenses, o disparo foi feito após mais um morteiro vindo da Síria atingir território de Israel. Desde quinta (8), seis disparos provenientes do país árabe chegaram às colinas de Golã.
Para o país, os disparos são decorrentes do conflito entre oposição e o regime de Bashar Assad, iniciado há 19 meses e que deixou pelo menos 30 mil mortos, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).
Israel acredita que são acidentais, mas disse que responderá de forma mais incisiva caso os morteiros continuem a atingir território israelense.
39 ANOS
No domingo (11), Israel fez um disparo de advertência desde um tanque militar contra território sírio, pela primeira vez desde a Guerra do Yon Kippur, em 1973, após um morteiro atingir as colinas de Golã.
A região, um planalto estratégico do ponto de vista militar e que contém reservas de água, foi ocupado pelo Estado hebraico em 1967, após a Guerra dos Seis Dias.
Nos últimos anos, Damasco mantém a reivindicação pelo território, mas os regimes de Hafez Assad (1972-2000) e Bashar Assad (2000 até hoje) não fizeram ações efetivas em relação à disputa.
O incidente fortalece os temores de que a guerra civil síria cruze suas fronteiras e vire um conflito regional. O temor israelense é que a região se transforme em "terra sem lei", a exemplo do que ocorreu na fronteira com o deserto do Sinai (sul) após a revolução no Egito.
O Exército de Israel informou nesta segunda-feira que atingiu um alvo militar em território sírio na região das colinas de Golã, controlada pelo Estado hebraico, mas reivindicada por Damasco. O disparo é o segundo desde domingo, após uma trégua de 39 anos.
Segundo militares israelenses, o disparo foi feito após mais um morteiro vindo da Síria atingir território de Israel. Desde quinta (8), seis disparos provenientes do país árabe chegaram às colinas de Golã.
Para o país, os disparos são decorrentes do conflito entre oposição e o regime de Bashar Assad, iniciado há 19 meses e que deixou pelo menos 30 mil mortos, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).
Israel acredita que são acidentais, mas disse que responderá de forma mais incisiva caso os morteiros continuem a atingir território israelense.
39 ANOS
No domingo (11), Israel fez um disparo de advertência desde um tanque militar contra território sírio, pela primeira vez desde a Guerra do Yon Kippur, em 1973, após um morteiro atingir as colinas de Golã.
A região, um planalto estratégico do ponto de vista militar e que contém reservas de água, foi ocupado pelo Estado hebraico em 1967, após a Guerra dos Seis Dias.
Nos últimos anos, Damasco mantém a reivindicação pelo território, mas os regimes de Hafez Assad (1972-2000) e Bashar Assad (2000 até hoje) não fizeram ações efetivas em relação à disputa.
O incidente fortalece os temores de que a guerra civil síria cruze suas fronteiras e vire um conflito regional. O temor israelense é que a região se transforme em "terra sem lei", a exemplo do que ocorreu na fronteira com o deserto do Sinai (sul) após a revolução no Egito.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
História dos Índios do Piauí
Por Clayton Ribeiro
Documentos sobre a conquista do Piauí pelos bandeirantes, evento este extremamente violento, estão em exposição no Arquivo Público do Piauí - APP - até o dia 30 de novembro. Com o título "200 anos de guerra: extermínio das nações indígenas no Piauí (século XVIII ao XIX)", a exposição é uma ótima oportunidade para se visitar o arquivo público e conhecer um pouco mais sobre a nossa história.
um abraço.
Documentos sobre a conquista do Piauí pelos bandeirantes, evento este extremamente violento, estão em exposição no Arquivo Público do Piauí - APP - até o dia 30 de novembro. Com o título "200 anos de guerra: extermínio das nações indígenas no Piauí (século XVIII ao XIX)", a exposição é uma ótima oportunidade para se visitar o arquivo público e conhecer um pouco mais sobre a nossa história.
um abraço.
domingo, 11 de novembro de 2012
Zé Didor e o patrimônio histórico piauiense
Por Clayton Ribeiro
Zé Didor, antiquário, residente em Campo Maior, 80 km de Teresina, possui várias fontes históricas de origem particular e/ou pública. Material esse fruto de doações particulares e públicas, segundo ele mesmo conta. Durante décadas, Zé Didor vem juntando material sobre a História do Piauí e do Brasil. Com a permissão de um juiz de Campo Maior, o mais famoso antiquário do Piauí pôde se instalar em um prédio público abandonado, a velha estação ferroviária do município em que reside. Esse homem bem que poderia ser considerado um dos grandes piauienses interessados em preservar a nossa história e/ou memória, porém, a figura do Zé Didor está longe disso.
Estação ferroviária de Campo Maior onde são vendidos documentos históricos do Piauí. Crédito da imagem: www.estacoesferroviarias.com.br
O famoso Museu Zé Didor, na verdade, não tem nada de museu e tudo lá está à venda ou para aluguel. Para piorar a situação, algumas autoridades públicas - sem noção da importância do valor do patrimônio histórico piauiense - doaram documentos e fontes históricas de inestimado valor acadêmico do século XVIII e XIX, entre outros, para esse antiquário. Inúmeros pesquisadores, jovens ou experientes, perderam tempo procurando o irreverente Zé Didor. Desconfiado, o "proprietário" das fontes históricas estabelece valores para se fazer pesquisa. Cobra para se copiar imagens. Os valores são absurdos: 200 reais por uma cópia de fotografia, por exemplo.
Como a maioria das fontes históricas em posse do Zé Didor tem mais valor científico do que econômico, todos os documentos (e fontes) estocados na estação ferroviária ficam a esperar compradores que quase nunca chegam. Enquanto isso, ficam jogados, perdendo rapidamente suas propriedades físicas sem o devido acondicionamento. Dentro de pouco tempo, nada sobrará. Enfim, o que era para ser uma ajuda, virou um estorvo.
Zé Didor, antiquário, residente em Campo Maior, 80 km de Teresina, possui várias fontes históricas de origem particular e/ou pública. Material esse fruto de doações particulares e públicas, segundo ele mesmo conta. Durante décadas, Zé Didor vem juntando material sobre a História do Piauí e do Brasil. Com a permissão de um juiz de Campo Maior, o mais famoso antiquário do Piauí pôde se instalar em um prédio público abandonado, a velha estação ferroviária do município em que reside. Esse homem bem que poderia ser considerado um dos grandes piauienses interessados em preservar a nossa história e/ou memória, porém, a figura do Zé Didor está longe disso.
Estação ferroviária de Campo Maior onde são vendidos documentos históricos do Piauí. Crédito da imagem: www.estacoesferroviarias.com.br
O famoso Museu Zé Didor, na verdade, não tem nada de museu e tudo lá está à venda ou para aluguel. Para piorar a situação, algumas autoridades públicas - sem noção da importância do valor do patrimônio histórico piauiense - doaram documentos e fontes históricas de inestimado valor acadêmico do século XVIII e XIX, entre outros, para esse antiquário. Inúmeros pesquisadores, jovens ou experientes, perderam tempo procurando o irreverente Zé Didor. Desconfiado, o "proprietário" das fontes históricas estabelece valores para se fazer pesquisa. Cobra para se copiar imagens. Os valores são absurdos: 200 reais por uma cópia de fotografia, por exemplo.
Como a maioria das fontes históricas em posse do Zé Didor tem mais valor científico do que econômico, todos os documentos (e fontes) estocados na estação ferroviária ficam a esperar compradores que quase nunca chegam. Enquanto isso, ficam jogados, perdendo rapidamente suas propriedades físicas sem o devido acondicionamento. Dentro de pouco tempo, nada sobrará. Enfim, o que era para ser uma ajuda, virou um estorvo.
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