sexta-feira, 4 de maio de 2012
Miojo ou macarrão instantâneo, uma revolução no setor de alimentos
O japonês Momofuku Ando morreu aos 96 anos (em 2007) com honrarias de chefe de Estado, por ter inventado o macarrão instantâneo, uma das maiores invenções do século XX, em 1958.
Momokufu Ando (www.youpix.com.br/)
Pode-se considerar que a invenção de Momofuku Ando atingiu o objetivo de diminuir a fome no mundo ao baratear a produção desse alimento; assim, como disse o próprio Momofuku a "paz está garantida quando não se está com fome".
De outro modo, o macarrão instantâneo melhorou a alimentação de milhões de pessoas que, devido ao ritmo de vida moderno, não têm como dispor do mesmo tempo para preparar os alimentos, como no passado.
No Brasil, o macarrão revolucionário ficou conhecido como Miojo. Atualmente, há uma variada gama de produtos baseados em macarrão instantâneo: talharim, yakisoba, lámens e entre outros.
imagem: www.exbalofo.blogspot.com.br/
Em sua biografia, Momofuku[1] diz que sua necessidade de fabricar alimentos de baixo custo e de preparo fácil se deu início após ter presenciado, depois da guerra, uma enorme fila de pessoas famintas diante de uma vitrine clandestina de sopas de fios de massa.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
História da Arte: origem do realismo na pintura
RENASCIMENTO:
Pintura de Sandro Bottitelli ("Federico Montefeltro")
O realismo na pintura surgiu no Renascimento Italiano (XIV-XVI) e pode ser dividido, segundo o historiador inglês Peter Burke, em três tipos:
Realismo "doméstico" - que retrata o cotidiano popular, comum.
Realismo "enganador" - são as pinturas que tentam produzir a ilusão de que não são pinturas.
Realismo "expressivo" - pinturas que tentam realçar a expressividade; por exemplo, no caso de um retrato em que a forma do resto é modificada para revelar o caráter do retratado ou em que um gesto natural é substituído por outro, mais eloquente.
Os pintores realistas estudavam bastante os músculos do corpo humano para melhor retratá-los; assim, suas pinturas passaram a ter uma utilidade na formação dos agentes de saúde.
Fonte: BURKE, Peter. O Renascimento Italiano: cultura e sociedade na Itália. São Paulo: Nova Alexandria, 1999.
Pintura de Rafael Sanzio ("A Transfiguração")
Pintura de Sandro Bottitelli ("Federico Montefeltro")
O realismo na pintura surgiu no Renascimento Italiano (XIV-XVI) e pode ser dividido, segundo o historiador inglês Peter Burke, em três tipos:
Realismo "doméstico" - que retrata o cotidiano popular, comum.
Realismo "enganador" - são as pinturas que tentam produzir a ilusão de que não são pinturas.
Realismo "expressivo" - pinturas que tentam realçar a expressividade; por exemplo, no caso de um retrato em que a forma do resto é modificada para revelar o caráter do retratado ou em que um gesto natural é substituído por outro, mais eloquente.
Os pintores realistas estudavam bastante os músculos do corpo humano para melhor retratá-los; assim, suas pinturas passaram a ter uma utilidade na formação dos agentes de saúde.
Fonte: BURKE, Peter. O Renascimento Italiano: cultura e sociedade na Itália. São Paulo: Nova Alexandria, 1999.
Pintura de Rafael Sanzio ("A Transfiguração")
terça-feira, 1 de maio de 2012
1º Maio: Dia do Trabalhador (Parte I)
Dia do Trabalhador no Brasil e no mundo
Nesse 1º de Maio, a situação do trabalhador brasileiro parece estar na contramão dos trabalhadores europeus.
imagem: www.suapesquisa.com/
No Brasil, apesar das várias greves em andamento nesse momento, a tendência é de aumento dos rendimentos do trabalhador. Nos últimos anos o salário-mínimo, ainda baixo, tem tido ganhos acima da inflação. A criação de postos de trabalho mantem níveis razoáveis há anos. O crescimento econômico constante, com lucros crescentes das empresas, permite ao trabalhador lutar por uma maior fatia dos lucros. Essa perspectiva é o oposto do que ocorre hoje na Europa, com exceção da Alemanha.
O trabalhador europeu, pelo contrário, assiste a cada dia a perda de benefícios trabalhistas em um ou outro país da zona do euro. Infelizmente essa realidade parece ser apenas a fase inicial do drama dos trabalhadores europeus. A economia da maioria dos países da Europa está estagnada há algumas décadas.
Sem uma agricultura rentável, a zona do euro dificulta a entrada de produtos agrícolas estrangeiros - bem mais baratos do que é produzido pelos agricultores europeus -, a manutenção do sistema de proteção social dos trabalhadores era garantido pelo setor industrial. Entretanto, o crescimento gigantesco da China abalou o último setor em que os europeus ainda podiam contar...
Assim, pode-se dizer que a zona do euro depende, em última instância, praticamente do desempenho de um único país: a Alemanha...maior potência industrial do mundo quando se fala em tecnologia de ponta, em maquinário pesado, em energia limpa, etc....operários da Europa inteira, viva a Alemanha!!!
imagem: http://noticias.r7.com/
Nesse 1º de Maio, a situação do trabalhador brasileiro parece estar na contramão dos trabalhadores europeus.
imagem: www.suapesquisa.com/
No Brasil, apesar das várias greves em andamento nesse momento, a tendência é de aumento dos rendimentos do trabalhador. Nos últimos anos o salário-mínimo, ainda baixo, tem tido ganhos acima da inflação. A criação de postos de trabalho mantem níveis razoáveis há anos. O crescimento econômico constante, com lucros crescentes das empresas, permite ao trabalhador lutar por uma maior fatia dos lucros. Essa perspectiva é o oposto do que ocorre hoje na Europa, com exceção da Alemanha.
O trabalhador europeu, pelo contrário, assiste a cada dia a perda de benefícios trabalhistas em um ou outro país da zona do euro. Infelizmente essa realidade parece ser apenas a fase inicial do drama dos trabalhadores europeus. A economia da maioria dos países da Europa está estagnada há algumas décadas.
Sem uma agricultura rentável, a zona do euro dificulta a entrada de produtos agrícolas estrangeiros - bem mais baratos do que é produzido pelos agricultores europeus -, a manutenção do sistema de proteção social dos trabalhadores era garantido pelo setor industrial. Entretanto, o crescimento gigantesco da China abalou o último setor em que os europeus ainda podiam contar...
Assim, pode-se dizer que a zona do euro depende, em última instância, praticamente do desempenho de um único país: a Alemanha...maior potência industrial do mundo quando se fala em tecnologia de ponta, em maquinário pesado, em energia limpa, etc....operários da Europa inteira, viva a Alemanha!!!
imagem: http://noticias.r7.com/
segunda-feira, 30 de abril de 2012
União Ibérica (1580-1640): o período menos estudado da História do Brasil
Por Clayton Ribeiro
O período da União Ibérica é, com certeza, o menos estudado da história brasileira. Por que isso ocorre? Porque durante as décadas de 1580 a 1640, Portugal esteve sob o domínio da coroa espanhola, sua maior rival na Europa. Com isso, os portugueses tenderam considerar esse período como história espanhola e não de Portugal.
imagem: www.veiasdahistoria.blogspot.com.br/
Porém, para os historiadores brasileiros, a história do Brasil durante a União Ibérica deveria receber mais atenção. Muitos fatos importantes ocorreram aqui em todo esse tempo da administração espanhola. Qual foi a política administrativa adotada pelos filipes da Espanha para o Brasil? Que diretrizes político-econômicas foram efetuadas? Assim, os historiadores brasileiros não devem seguir esse desinteresse português nesse campo de estudo.
COMO COMEÇOU A UNIÃO IBÉRICA?
Em 1580 tinha morrido D. Henrique de Portugal, último herdeiro português com direito ao trono deste Estado; assim, o próximo rei deveria ser o neto do rei de Portugal D. Manuel I (1469-1521), Filipe II da Espanha (1527-1598).
Apesar da grande rivalidade entre portugueses e espanhóis, casamentos entre membros da família real desses dois Estados ocorriam. A política dos casamentos entre dinastias reais ajudava a aproximar os países e, desse modo, contribuía para reduzir as chances de um conflito militar.
O FIM DA UNIÃO IBÉRICA
Em 1640, uma família aparentada da dinastia de Avis, os braganças, são aclamados pelos portugueses como legítimos herdeiros do trono de Portugal. Isso ocorreu porque os portugueses estavam descontes com a forma do tratamento dado pelos espanhóis aos seus problemas. Com os braganças começa a Guerra de Restauração da autonomia de Portugal. Nas décadas posteriores várias batalhas são deflagradas, nas quais os portugueses levam a vantagem em sua grande maioria.
Por fim, em 1668 os espanhóis reconhecem a autonomia política dos portugueses...
Observação: a única exceção ao estudo do período da União Ibérica se refere às Invasões Holandesas (1624-1654); entretanto, a administração espanhola praticamente não é retratada durante a Guerra do Açúcar.
O período da União Ibérica é, com certeza, o menos estudado da história brasileira. Por que isso ocorre? Porque durante as décadas de 1580 a 1640, Portugal esteve sob o domínio da coroa espanhola, sua maior rival na Europa. Com isso, os portugueses tenderam considerar esse período como história espanhola e não de Portugal.
imagem: www.veiasdahistoria.blogspot.com.br/
Porém, para os historiadores brasileiros, a história do Brasil durante a União Ibérica deveria receber mais atenção. Muitos fatos importantes ocorreram aqui em todo esse tempo da administração espanhola. Qual foi a política administrativa adotada pelos filipes da Espanha para o Brasil? Que diretrizes político-econômicas foram efetuadas? Assim, os historiadores brasileiros não devem seguir esse desinteresse português nesse campo de estudo.
COMO COMEÇOU A UNIÃO IBÉRICA?
Em 1580 tinha morrido D. Henrique de Portugal, último herdeiro português com direito ao trono deste Estado; assim, o próximo rei deveria ser o neto do rei de Portugal D. Manuel I (1469-1521), Filipe II da Espanha (1527-1598).
Apesar da grande rivalidade entre portugueses e espanhóis, casamentos entre membros da família real desses dois Estados ocorriam. A política dos casamentos entre dinastias reais ajudava a aproximar os países e, desse modo, contribuía para reduzir as chances de um conflito militar.
O FIM DA UNIÃO IBÉRICA
Em 1640, uma família aparentada da dinastia de Avis, os braganças, são aclamados pelos portugueses como legítimos herdeiros do trono de Portugal. Isso ocorreu porque os portugueses estavam descontes com a forma do tratamento dado pelos espanhóis aos seus problemas. Com os braganças começa a Guerra de Restauração da autonomia de Portugal. Nas décadas posteriores várias batalhas são deflagradas, nas quais os portugueses levam a vantagem em sua grande maioria.
Por fim, em 1668 os espanhóis reconhecem a autonomia política dos portugueses...
Observação: a única exceção ao estudo do período da União Ibérica se refere às Invasões Holandesas (1624-1654); entretanto, a administração espanhola praticamente não é retratada durante a Guerra do Açúcar.
domingo, 29 de abril de 2012
História da Internet
A internet foi criada na década de 1960 pelos Estados Unidos. O objetivo era manter uma rede de comunicação básica, descentralizada, entre os órgãos do governo norte-americano e, principalmente, entre os militares, caso houvesse uma guerra em grandes proporções.
imagem: http://www.bandalarga.net/
Na década de 1960, havia um temor crescente de um conflito nuclear entre as duas superpotências da época, os Estados Unidos e a União Soviética (hoje, Rússia). Essas duas potências mantinham entre si um conflito econômico, político e ideológico, chamado de "Guerra Fria" (1945-1991).
Assim, o medo de uma guerra atômica era real e assustador, pois cada um desses dois países possuía bombas atômicas capazes de destruir a Terra várias vezes. Porém, a guerra total não veio e a internet passou a ter outros usos não militares. Ainda bem...
Bibliografia sugerida: HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos. - 10 ed.- São Paulo: Cia das Letras, 2008. R$ 67,00 reais.
imagem: http://www.bandalarga.net/
Na década de 1960, havia um temor crescente de um conflito nuclear entre as duas superpotências da época, os Estados Unidos e a União Soviética (hoje, Rússia). Essas duas potências mantinham entre si um conflito econômico, político e ideológico, chamado de "Guerra Fria" (1945-1991).
Assim, o medo de uma guerra atômica era real e assustador, pois cada um desses dois países possuía bombas atômicas capazes de destruir a Terra várias vezes. Porém, a guerra total não veio e a internet passou a ter outros usos não militares. Ainda bem...
Bibliografia sugerida: HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos. - 10 ed.- São Paulo: Cia das Letras, 2008. R$ 67,00 reais.
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