Por Clayton Ribeiro
Parte I
"Numa manhã tranquila de 10 de agosto de 1519, num dia de céu límpido, no porto da cidade de Sevilha, Espanha, ocorria um frenesi entre um grupo de marinheiros que terminavam os últimos detalhes de um plano ousado. Havia um clima de seriedade e de desafio de quem estava prestes a começar um feito nunca antes conseguido por ninguém na história.
De súbito, duzentos e trinta e sete homens da tripulação, divididos em cinco naus, soltaram as amarras dos navios, únicos entraves ao começo de um evento que, de tão perigoso, poderia ser facilmente percebido pelas testemunhas oculares presentes no porto, quando da partida das naus, como um suicídio coletivo; ainda mais quando se lembravam do objetivo a ser alcançado por esses homens destemidos: a primeira volta ao mundo.
Imagem: wikipédia - rio Guadalquivir.
De modo suave, as naus deslizaram pelas águas do rio Betis, hoje conhecido como rio Guadalquivir, rumo ao porto de Sanlúcar, distante dezessete léguas de Sevilha, o último antes de encontrar-se o vasto oceano Atlântico, deixando para trás famílias inteiras consternadas, apreensivas e com o choro abafado.
Em Sanlúcar, a tripulação terminou em poucos dias a tarefa de abastecer as naus com todas as provisões necessárias, tais como pequenos animais, água, vinho, e outros mantimentos. De Sevilha vieram os comandantes ordinários e o comandante-geral, o Sr. Fernão de Magalhães, português, mas que trabalhava para o rei da Espanha, Carlos V. A ansiedade tomava de assalto a todos os homens.
No dia 20 de setembro, antes de partir, todo a tripulação se apinhou na Igreja de Nossa Senhora de Barrameda, unidos no mesmo sentido, para assistir a uma missa. Logo depois, todos se encaminharam calmamente para a confissão diante do padre. Pronto, não havia nada mais entre os homens e o seu destino...
A tripulação tinha motivos de sobra para temerem por suas vidas. Viajar durante alguns anos por lugares, em grande medida, totalmente desconhecidos. Havia o risco quase certo de se encontrar nativos hostis. No mar, pululavam monstros marinhos e, em terra, gigantes bizarros, sabiam bem os marinheiros; mas a fé em Deus fortalecia suas mentes e a vontade de encontrar riquezas os impulsionavam para frente, onda por onda, vento por vento, dia após dia..."
Imagem: wikipédia - rota da 1ª volta ao mundo
Texto baseado na obra "A primeira viagem ao redor do mundo" do aventureiro e escritor italiano Antônio Pigafetta, integrante da tripulação que deu a volta ao mundo entre 1519 a 1522.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Josué de Castro e o combate à fome no Brasil e no mundo
Imagem: www.josuedecastro.org.br
Por Clayton Ribeiro
Os brasileiros deveriam conhecer melhor sobre a vida e obra do médico pernambucano Josué de Castro (1908 - 1973) e sobre seu empenho para erradicar a fome no mundo.
Durante a década de 1930, Josué de Castro, médico, chamava a atenção dos brasileiros para o problema da nutrição inadequada dos trabalhadores da cidade do Recife, em Pernambuco. Posteriormente, fez um mapa com as carências alimentares dos brasileiros por regiões do Brasil. Aliás, este mapa deferia vir em anexo em todos os livros didáticos de História do Brasil!!!
Imagem: www.josuedecastro.com.br
A dedicação extremada em combatar a fome e a miséria no Brasil e no mundo trouxe o reconhecimento internacional a Josué de Castro. Assim, ocupou alguns cargos junto às Nações Unidas. Em 1952 e 1956 foi Presidente do Conselho da Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO). Foi indicado ao Prêmio Nobel algumas vezes.
Abaixo, um dos livros mais premiados de Josué de Castro:
Imagem: www.josuedecastro.com.br
terça-feira, 5 de junho de 2012
Ministro da Educação defende inclusão de alunos com deficiência em classes regulares
Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, 31, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu a política de estímulo à educação especial em classes regulares. “O Brasil tem que ter 100% das crianças e jovens com deficiência na escola. A escola de atendimento especial é um direito, sim, mas para ser exercido de forma complementar e não excludente”, enfatizou.
Mercadante citou dados do censo da educação básica, que mostram que no ano 2000 havia apenas 21,4% das pessoas com deficiência matriculadas no ensino regular público. Em 2011, o número saltou para 74,2%. Além disso, 22% das escolas hoje têm acessibilidade. Há 12 anos, eram apenas 2,2%. Em relação ao acesso, segundo o ministro, 69% dos favorecidos pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC) estão nas escolas públicas. E 78% dos professores já passaram por formação em educação especial.
“A política de educação inclusiva permitiu um crescimento espetacular, de forma que os estudantes com deficiência convivem com os outros alunos e os outros alunos convivem com eles”, afirmou Mercadante. Ele lembrou ainda que escolas estão sendo reformadas e ônibus escolares adaptados para permitir a acessibilidade.
O ministro destacou que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) contabiliza dupla matrícula para os estudantes com deficiência da rede pública. Isso para que possam frequentar escolas regulares em um turno e atendimento especializado em outro. “O aluno tem que fazer o ensino regular e o especial e isso é referendado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU de 2006 e pela Conferência Nacional de Educação de 2010. Essa é uma discussão já superada”, disse.
Na visão do ministro, os jovens com deficiência demonstram cada vez mais inserção no mercado de trabalho e atuam com competência. “É isso que queremos, não vamos de novo segregar, como fazíamos há 10 anos. Pelo contrário, temos que buscar ainda centenas de milhares de jovens pobres com deficiência que não conseguem chegar à escola, um a um”.
Fonte: www.portal.mec.edu.br
Mercadante citou dados do censo da educação básica, que mostram que no ano 2000 havia apenas 21,4% das pessoas com deficiência matriculadas no ensino regular público. Em 2011, o número saltou para 74,2%. Além disso, 22% das escolas hoje têm acessibilidade. Há 12 anos, eram apenas 2,2%. Em relação ao acesso, segundo o ministro, 69% dos favorecidos pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC) estão nas escolas públicas. E 78% dos professores já passaram por formação em educação especial.
“A política de educação inclusiva permitiu um crescimento espetacular, de forma que os estudantes com deficiência convivem com os outros alunos e os outros alunos convivem com eles”, afirmou Mercadante. Ele lembrou ainda que escolas estão sendo reformadas e ônibus escolares adaptados para permitir a acessibilidade.
O ministro destacou que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) contabiliza dupla matrícula para os estudantes com deficiência da rede pública. Isso para que possam frequentar escolas regulares em um turno e atendimento especializado em outro. “O aluno tem que fazer o ensino regular e o especial e isso é referendado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU de 2006 e pela Conferência Nacional de Educação de 2010. Essa é uma discussão já superada”, disse.
Na visão do ministro, os jovens com deficiência demonstram cada vez mais inserção no mercado de trabalho e atuam com competência. “É isso que queremos, não vamos de novo segregar, como fazíamos há 10 anos. Pelo contrário, temos que buscar ainda centenas de milhares de jovens pobres com deficiência que não conseguem chegar à escola, um a um”.
Fonte: www.portal.mec.edu.br
domingo, 3 de junho de 2012
Piauí tem uma das maiores áreas orgânicas do país, diz Ministério
O Piauí tem uma área de 508,6 mil hectares e 768 unidades de produção controlada ligadas ao sistema produtivo de orgânicos, como fazendas e estabelecimentos de processamento. Os dados são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e foram divulgados essa semana, durante 8ª Semana dos Alimentos Orgânicos. No país, são mais de 1,5 milhão de hectares para produção orgânica.
Imagem: www.pt.wikipedia.org
Os estados que possuem as maiores áreas desse tipo de agricultura são Mato Grosso (622,8 mil hectares) e Pará (602,6 mil hectares), seguidos por Amapá (132,5 mil ha), Rondônia (36,7 mil ha) e Bahia (25,7 mil ha). Em relação à quantidade de unidades de produção controlada, os maiores são Pará (3,3 mil), Rio Grande do Sul (1,2 mil), Piauí (768), São Paulo (741) e Mato Grosso (691).
A Região Norte (778,8 mil ha e 3,8 mil unidades de produção) é a que possui a maior área dedicada à agricultura orgânica, seguida por Centro-Oeste (650,9 mil ha e 1,1 mil), Nordeste (79,8 mil ha e 2,9 mil), Sul (24,8 mil ha e 2,3 mil) e Sudeste (19,1 mil ha e 1,2 mil).
No Piauí, o destaque são os grãos, principalmente a soja, e a produção de mel, na região de Picos. O Estado é o segundo maior produtor de mel do país, ficando atrás apenas de São Paulo.
O ministério pretende divulgar os dados de produtividade a partir do segundo semestre. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Erikson Chandoha, o Mapa está implantando um sistema de gerenciamento onde serão lançadas informações quanto às expectativas de produção.
No Mato Grosso, os produtos orgânicos mais representativos são a carne bovina e a castanha-do-brasil. Já no Pará, destaque para o cacau, dendê, açaí e castanha-do-brasil. Os dados foram levantados pelo Departamento de Agroecologia da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Mapa.
Imagem: www.pt.wikipedia.org
Os estados que possuem as maiores áreas desse tipo de agricultura são Mato Grosso (622,8 mil hectares) e Pará (602,6 mil hectares), seguidos por Amapá (132,5 mil ha), Rondônia (36,7 mil ha) e Bahia (25,7 mil ha). Em relação à quantidade de unidades de produção controlada, os maiores são Pará (3,3 mil), Rio Grande do Sul (1,2 mil), Piauí (768), São Paulo (741) e Mato Grosso (691).
A Região Norte (778,8 mil ha e 3,8 mil unidades de produção) é a que possui a maior área dedicada à agricultura orgânica, seguida por Centro-Oeste (650,9 mil ha e 1,1 mil), Nordeste (79,8 mil ha e 2,9 mil), Sul (24,8 mil ha e 2,3 mil) e Sudeste (19,1 mil ha e 1,2 mil).
No Piauí, o destaque são os grãos, principalmente a soja, e a produção de mel, na região de Picos. O Estado é o segundo maior produtor de mel do país, ficando atrás apenas de São Paulo.
O ministério pretende divulgar os dados de produtividade a partir do segundo semestre. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Erikson Chandoha, o Mapa está implantando um sistema de gerenciamento onde serão lançadas informações quanto às expectativas de produção.
No Mato Grosso, os produtos orgânicos mais representativos são a carne bovina e a castanha-do-brasil. Já no Pará, destaque para o cacau, dendê, açaí e castanha-do-brasil. Os dados foram levantados pelo Departamento de Agroecologia da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Mapa.
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