3º ANO – ADMINISTRAÇÃO
1 – 6.0
2 – 5.0
3 – 9.0
4 – 7.0
5 – 6.0
6 – 5.0
7 – 3.5
8 – 7.0
10 – 8.0
11 – 5.0
12 – 9.0
13 – 6.0
14 – 8.0
15 – 8.0
16 – 7.0
17 – 9.0
18 – 5.0
19 – 9.0
20 – 5.0
21 – 3.0
22 – 5.0
23 – 6.0
24 – 7.0
25 – 9.0
26 – 7.0
28 – 5.0
29 – 5.0
31 – 5.0
32 – 5.0
33 – 6.0
Obs: Todos vão ter a oportunidade de refazerem as questões erradas. Além disso, temos mais um ponto extra para pesquisas/trabalhos.
3º ANO – VESTUÁRIO
1 – 8.0
3 – 3.5
4 – 5.0
5 – 2.0
6 – 3.5
7 – 3.0
9 – 7.0
10 – 3.0
11 – 5.5
13 – 5.0
15 – 3.5
16 – 3.5
17 – 4.5
19 – 3.0
20 – 6.0
21 – 7.0
22 – 4.5
27 – 8.5
30 – 8.5
Obs: Todos vão ter a oportunidade de refazerem as questões erradas. Além disso, temos mais um ponto extra para pesquisas/trabalhos.
1º Texto: Prova Bimestral (Piripiri)
CUNHA, Euclides da. Os Sertões: campanha de Canudos.
“A mistura de raças mui diversas é, na maioria dos casos, prejudicial. Ante as conclusões do evolucionismo, ainda quando reaja sobre o produto o influxo de uma raça superior, despontam vivíssimos estigmas da inferior. A mestiçagem extremada é um retrocesso. [...] De sorte que o mestiço – traço de união entre as raças, breve existência individual em que se comprimem esforços seculares – é, quase sempre, um desequilibrado”. (p.141)
“Este fato destaca fundamentalmente a mestiçagem dos sertões da do litoral. São formações distintas, senão pelos elementos, pelas condições do meio. O contraste entre ambas ressalta ao paralelo mais simples. O sertanejo tomando em larga escala, do selvagem, a intimidade com o meio físico, que ao invés de deprimir enrija o seu organismo potente, reflete, na índole e nos costumes, das outras raças formadoras apenas aqueles atributos mais ajustáveis à sua fase social incipiente.
É um retrógado; não é um degenerado. Por isso mesmo que as vicissitudes históricas o libertam, na fase delicadíssima da sua formação, das exigências desproporcionadas de uma cultura de empréstimo, prepararam-no para a conquistar um dia.
A sua evolução psíquica, por mais demorada que esteja destinada a ser, tem, agora, a garantia de um tipo fisicamente constituído e forte. Aquela raça cruzada surge autônoma e, de algum modo, original, transfigurando, pela própria combinação, todos os atributos herdados; de sorte que, despeada afinal da existência selvagem, pode alcançar a vida civilizada por isto mesmo que não a atingiu de repente”. (p.144-145)
1)Defina o sertanejo, típico mestiço, nesse trecho de “Os Sertões”:
a)o sertanejo é inferior à raça branca, por ser mestiço; porém, atravessa um processo evolutivo lento, bem lento, mas progressivo rumo à civilização. A adaptação do sertanejo ao meio o tornou forte, assim como sua ascendência selvagem, indígena, facilitou a adaptabilidade ao sertão, tornando-o forte.
b)o sertanejo é forte, pois não passou pelo processo civilizatório comum; desse modo, evoluiu sem se civilizar. A força do sertanejo vem de sua ausência de cultura civilizada e não do seu embate com o meio hostil, quente, miserável.
c)o sertanejo é forte porque recusou a cultura de empréstimo, tanto do europeu quanto do indígena; assim, buscou outro caminho. Entretanto, por ser mestiço, o sertanejo jamais poderia atingir a evolução.
Justifique sua resposta usando trechos da obra referida mais acima. Só serão aceitas as respostas com justificativa:
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
Texto 02
A quarta expedição organizou-se através de grande comoção nacional, que se traduziu em atos contrapostos à própria gravidade dos fatos. Foi a princípio o espanto; depois um desvairamento geral da opinião; um intenso agitar de conjeturas para explicar o inconceptível (inconcebível) do acontecimento e induzir uma razão de ser qualquer para aquele esmagamento de uma força numerosa, bem aparelhada e tendo chefe de tal quilate. Na desorientação completa dos espíritos alteou-se logo, primeiro esparsa em vagos comentários, condensada depois em inabalável certeza, a ideia de que não agiam isolados os tabaréus (rebeldes) turbulentos. (p.375)
[...]
A república estava em perigo; era preciso salvar a República. Era este o grito, dominante sobre o abalo geral...
Exageramos?
Deletreemos, ao acaso, qualquer jornal daqueles dias [no Rio de Janeiro].
Doutrinava-se: ‘O que de um golpe abalava o prestígio da autoridade constituída e abatia a representação do brio da nossa pátria no seu renome, na sua tradição e na sua força era o movimento armado que, à sombra do fanatismo religioso, marchava acelerado contra as próprias instituições, não sendo lícito a ninguém iludir-se mais sobre o pleito em que audazmente entravam os saudosos do império, francamente em armas.’
Concluía-se: ‘Não há quem a esta hora não compreenda que o monarquismo revolucionário quer destruir, com a República, a unidade do Brasil.’” (p.376)
2)Como se vê no texto acima, a imprensa republicana tratou a Guerra de Canudos como um(a):
a)movimento de cunho religioso, revolucionário, mas que ameaçava a autoridade do novo governo republicano e a unidade brasileira por ter apoio dos monarquistas.
b)movimento político, monarquista, que usava a religiosidade do povo pobre de Canudos para desestabilizar a república.
c)oportunidade de manipular os fatos contra os monarquistas, para abafar as fraquezas do governo republicano que nem ao menos conseguia superar sertanejos quase desarmados em um interior distante.
Justifique sua resposta:
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
Texto 03: (Piripiri)
Opinião de Rui Barbosa
No dia em que houvermos estabelecido o recato impenetrável da cédula eleitoral, teremos escoimado a eleição das suas duas grandes chagas: a intimidação e o suborno.
A publicidade é a servidão do votante. O segredo, a sua independência. Para a conquistarmos, cumpre tornar obrigatório, absoluto, indevassável o sigilo do voto, adotando, com as modificações por que tem passado, o sistema australiano.
Neste assunto, a experiência é universal, e universal o consenso.
O escrutínio secreto reina hoje em toda parte: na Austrália, nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Suécia, na Noruega, na Dinamarca, no Império Alemão, na Baviera, no Grão Ducado de Baden, na Áustria, na Holanda, na Bélgica, na França, na Espanha, em Portugal, na Itália, na Sérvia, na Romênia, na Grécia, no Canadá, no Chile.”
(Da plataforma da campanha civilista, lida na Bahia em 15 de janeiro de 1910)
1)O voto aberto, como foi praticado no Brasil entre 1891 a 1934, favoreceu a manutenção das oligarquias no poder durante a 1ª República, por que? Explique.
R.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
2)Hoje, o voto secreto garante a ausência de manipulação do resultado das eleições? Justifique sua resposta.
R.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
Texto da Prova: “O Abolicionismo” (1883), de Joaquim Nabuco (1849 – 1910).
Acabada a importação de africanos pela energia e decisão de Eusébio de Queiroz, e pela vontade tenaz do imperador - o qual chegou a dizer em despacho que preferia perder a coroa a consentir na continuação do tráfico -, seguiu-se à deportação dos traficantes e à lei de 4 de setembro de 1850 uma calmaria profunda. Esse período de cansaço, ou de satisfação pela obra realizada - em todo caso de indiferença absoluta pela sorte da população escrava -, durou até depois da guerra do Paraguai, quando a escravidão teve que dar e perder outra batalha. Essa segunda oposição que a escravidão sofreu, como também a primeira, não foi um ataque ao acampamento do inimigo para tirar-lhe os prisioneiros, mas uma limitação apenas do território sujeito às suas correrias e depredações.
Com efeito, no fim de uma crise política permanente que durou de 1866 até 1871, foi promulgada a lei de 28 de setembro, a qual respeitou o princípio de inviolabilidade do domínio do senhor sobre o escravo, e não ousou penetrar, como se fora um local sagrado, interdito ao próprio Estado, nos ergástulos agrários; e de novo, a esse esforço, de um organismo debilitado para minorar a medo as conseqüências da gangrena que o invadia, sucedeu outra calmaria de opinião, outra época de indiferença pela sorte do escravo, durante a qual o governo pode mesmo esquecer-se de cumprir a lei que havia feito passar. (p.03)
[...]
O abolicionismo, porém, não é só isso e não se contenta com ser o advogado Ex officio da porção da raça negra ainda escravizada; não reduz a sua missão a promover e conseguir -no mais breve espaço possível - o resgate dos escravos e dos ingênuos. Essa obra – de reparação, vergonha ou arrependimento, como a queiram chamar - da emancipação dos atuais escravos e seus filhos é apenas a tarefa imediata do abolicionismo. Além dessa, há outra maior, a do futuro: a de apagar todos os efeitos de um regime que, há três séculos, é uma escola de desmoralização e inércia, de servilismo e irresponsabilidade para a casta dos senhores, e que fez do Brasil o Paraguai da escravidão.
Quando mesmo a emancipação total fosse decretada amanhã, a liquidação desse
regime só daria lugar a uma série infinita de questões, que só poderiam ser resolvidas de
acordo com os interesses vitais do país pelo mesmo espírito de justiça e humanidade que dá vida ao abolicionismo. Depois que os últimos escravos houverem sido arrancados ao poder sinistro que representa para a raça negra a maldição da cor, será ainda preciso desbastar, por meio de uma educação viril e séria, a lenta estratificação de trezentos anos de cativeiro, isto é, de despotismo, superstição e ignorância. O processo natural pelo qual a escravidão fossilizou nos seus moldes a exuberante vitalidade do nosso povo durante todo o período de crescimento, e enquanto a nação não tiver consciência de que lhe é indispensável adaptar à liberdade cada um dos aparelhos do seu organismo de que a escravidão se apropriou, a obra desta irá por diante, mesmo quando não haja mais escravos.
(...)
Assim como a palavra abolicionismo, a palavra escravidão é tomada neste livro em sentido lato. Esta não significa somente a relação do escravo para com o senhor; significa muito mais: a soma do poderio, influência, capital e clientela dos senhores todos; o feudalismo, estabelecido no interior; a dependência em que o comércio, a religião, a pobreza, a indústria, o Parlamento, a Coroa, o Estado, enfim, se acham perante o poder agregado da minoria aristocrática, em cujas senzalas milhares de entes humanos vivem embrutecidos e moralmente mutilados pelo próprio regime a que estão sujeitos; e por último, o espírito, o princípio vital que anima a instituição toda, sobretudo no momento em que ela entra a recear pela posse imemorial em que se acha investida, espírito que há sido em toda a história dos países de escravos a causa do seu atraso e da sua ruína.
A luta entre o abolicionismo e a escravidão é de ontem, mas há de prolongar-se muito, e o período em que já entramos há de ser caracterizado por essa luta. Não vale à escravidão a pobreza dos seus adversários, nem a própria riqueza; não lhe vale o imenso poderio que os abolicionistas conhecem melhor talvez do que ela: o desenlace não é duvidoso. Essas contendas não se decidem nem por dinheiro, nem por prestígio social, nem - por mais numerosa que esta seja, por uma clientela mercenária. “O Brasil seria o último dos países do mundo, se, tendo a escravidão, não tivesse um partido abolicionista: seria a prova de que a consciência moral ainda não havia despontado nele.” O Brasil seria o mais desgraçado dos países do mundo, devemos acrescentar, hoje que essa consciência despontou, se, tendo um partido abolicionista, esse partido não triunfasse: seria a prova de que a escravidão havia completado a sua obra e selado o destino nacional com o sangue dos milhões de vítimas que fez dentro do nosso território. Deveríamos então perder, para sempre, a esperança de fundar uma dia a pátria que Evaristo sonhou. (p.04)
1)O que quis dizer Joaquim Nabuco ao afirmar que a campanha abolicionista “não reduz a sua missão a promover e conseguir - no mais breve espaço possível - o resgate dos escravos e dos ingênuos”?
2)Joaquim Nabuco mostra uma clara preocupação com a situação dos libertos após a emancipação. Então, o que mais preocupa Joaquim Nabuco: o racismo ou a situação sócio-econômica dos libertos? Explique.
3)De acordo o texto, a Lei de 1850 (Lei Eusébio de Queiroz) e de 1871 (Lei do Ventre Livre) realmente minaram o poder da aristocracia escravocrata ou foram apenas paliativos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário