Por Clayton Ribeiro
Bom, está muito em cima da hora para dicas do ENEM, mas o importante agora é lembrar que a prova de História aborda os conflitos decorrentes do meio de produção, a chamada "luta de classes", exemplo: patrão versus operário. São velhos chavões marxistas, mas que estão sendo bem trabalhados pelos professores que elaboram as questões do ENEM.
Sendo assim, a última - e a mais decisiva - fase da luta de classes começa com o capitalismo, ou seja, a partir do século XVI, com o início das Grandes Navegações portuguesas. Nesse sentido, a fase de ouro do capitalismo moderno teve o ponta pé com a Revolução Industrial (Inglaterra), em 1750. Neste país, o conflito entre patrões e operários chegou ao extremo. Os operários criaram sindicatos, fizeram greves, quebraram máquinas e, por isso, foram duramente reprimidos pelo Estado inglês. Entretanto, de maneira lenta mas gradual, os trabalhadores conquistaram seus direitos trabalhistas: estabelecimento de carga horária reduzida (8 horas diárias); direito a férias; direito de se organizarem; direito de greve, etc.
Boa sorte para todos, um abraço.
sábado, 3 de novembro de 2012
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Cerca de 1 milhão de piauienses estão sofrendo com a seca
Por Clayton Ribeiro
Estamos atravessando uma das piores estiagens da história recente do Piauí, pelo menos nos últimos 40 anos. Porém, o impacto social dessa vez foi em menor escala do que das outras vezes. É que a diminuição da pobreza tem relação direta com a intensidade do fenômeno da estiagem. Entretanto, não se pode admitir que 1 milhão de pessoas sofram com falta de água, com a perda completa da lavoura e de outros danos previsíveis. Não se justifica tamanho abandono do povo sertanejo. A ciência da meteorologia avançou sobremaneira. Satélites circulam a Terra a todo instante. Movimentos de nuvens são percebidos quase em tempo real. Então, qual é o problema? Por que a estiagem constitui-se em fenômeno social degradante do sertanejo?
Estiagem ou seca? Imagem: cidadesnanet.com
Ora, a estiagem é coisa de Deus, ou melhor, de São Pedro, mas a seca não, esta última é coisas dos homens imprevidentes, descuidados, desorganizados. A estiagem caracteriza-se por uma falta de água prolongada, por outro lado, a seca ocorre onde falta construção de represas e adutoras, ausência de abastecimento d'água, falta de assistência técnica para preparar o sertanejo para o longo período de estiagem; enfim, falta de planejamento público tanto do governo do Estado quanto das prefeituras mequetrefes.
O nosso Estado não se preparou para a soja, nem para o algodão e nem muito para o milho. De modo semelhante, não se prepara para a estiagem prolongada e dos problemas que a acompanham. Vejam bem, existem países bem mais secos do que o Piauí. Israel, por exemplo, é um dos piores desertos do mundo. Porém, lá você não vem manchete de jornal desse tipo: "Milhares de animais morrem de sede no sertão" ou "Milhares de pessoas passam fome por causa da seca". Quanta incompetência.
Estamos atravessando uma das piores estiagens da história recente do Piauí, pelo menos nos últimos 40 anos. Porém, o impacto social dessa vez foi em menor escala do que das outras vezes. É que a diminuição da pobreza tem relação direta com a intensidade do fenômeno da estiagem. Entretanto, não se pode admitir que 1 milhão de pessoas sofram com falta de água, com a perda completa da lavoura e de outros danos previsíveis. Não se justifica tamanho abandono do povo sertanejo. A ciência da meteorologia avançou sobremaneira. Satélites circulam a Terra a todo instante. Movimentos de nuvens são percebidos quase em tempo real. Então, qual é o problema? Por que a estiagem constitui-se em fenômeno social degradante do sertanejo?
Estiagem ou seca? Imagem: cidadesnanet.com
Ora, a estiagem é coisa de Deus, ou melhor, de São Pedro, mas a seca não, esta última é coisas dos homens imprevidentes, descuidados, desorganizados. A estiagem caracteriza-se por uma falta de água prolongada, por outro lado, a seca ocorre onde falta construção de represas e adutoras, ausência de abastecimento d'água, falta de assistência técnica para preparar o sertanejo para o longo período de estiagem; enfim, falta de planejamento público tanto do governo do Estado quanto das prefeituras mequetrefes.
O nosso Estado não se preparou para a soja, nem para o algodão e nem muito para o milho. De modo semelhante, não se prepara para a estiagem prolongada e dos problemas que a acompanham. Vejam bem, existem países bem mais secos do que o Piauí. Israel, por exemplo, é um dos piores desertos do mundo. Porém, lá você não vem manchete de jornal desse tipo: "Milhares de animais morrem de sede no sertão" ou "Milhares de pessoas passam fome por causa da seca". Quanta incompetência.
domingo, 28 de outubro de 2012
Em 4 anos, 15% das piores escolas no Ideb não se recuperaram
FÁBIO TAKAHASHI
Folha.uol.com.br
Quase 400 escolas públicas que apareceram entre as piores do país em 2007 não conseguiram melhorar quatro anos depois. A maioria (283) até piorou no período.
Programas vão melhorar situação das escolas com dificuldades, diz MEC
Na pior escola de Salvador, professores faltam e alunos reclamam de tráfico
Análise: Índices ressaltam o desafio de descobrirmos por que ocorrem
A Folha analisou a situação atual das escolas que estavam entre os 10% piores no 9º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série) naquele ano. São 2.620 colégios.
Destes, 379 (15%) não conseguiram melhorar seu desempenho em 2011.
Os dados foram tabulados com base no Ideb, índice do Ministério da Educação. Ele avalia a qualidade das escolas básicas com base em provas de português e de matemática e na proporção de alunos aprovados.
Entre esses colégios com os piores desempenhos, 11% tiveram nota ainda menor quatro anos depois. Outros 4% só mantiveram o patamar. A maioria é da rede estadual.
Bahia e Alagoas são os Estados que mais possuem escolas que não melhoraram.
PROGRAMAS ESPECÍFICOS
"A situação deveria ser objeto de intensa preocupação", afirmou o pesquisador Romualdo Portela, da Faculdade de Educação da USP, para quem deveriam ser feitas ações específicas para colégios que não conseguem melhorar.
O Ministério da Educação tem dois programas para escolas com dificuldades. Um prevê ajuda técnica e financeira. Outro oferece recursos para que a jornada seja estendida e se torne até integral.
Um estudo do MEC aponta que os colégios que estavam entre os piores, mas que passaram a ter jornada integral, chegaram às médias nacionais em português e matemática.
Segundo o secretário da Educação Básica do MEC, Cesar Callegari, a ampliação desse programa é uma das apostas para melhorar as escolas com mais dificuldades.
O número de colégios atendidos subiu de 15 mil no ano passado para 32 mil. No país há cerca de 125 mil escolas públicas de ensino fundamental.
"Se nenhum programa de ajuda do Estado está funcionando, essas escolas deveriam ser fechadas", afirmou o pesquisador Naercio Aquino Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper e professor da USP.
Alunos e professores, diz, deveriam ser transferidos.
O Consed (conselho que reúne secretários estaduais) afirma que as redes possuem dificuldades em lidar com os anos finais do fundamental, porque a prioridade era melhorar os anos iniciais.
Diz, porém, que vai manter esforços para "não descuidar de nenhuma escola".
Por outro lado, 7% dos colégios que estavam entre os piores avançaram e conseguiram até alcançar a média nacional. Minas Gerais, Ceará e Pernambuco se destacaram.
Segundo o governo de Minas, uma das causas foi a adoção de avaliação que identifica cada aluno com dificuldade.
Folha.uol.com.br
Quase 400 escolas públicas que apareceram entre as piores do país em 2007 não conseguiram melhorar quatro anos depois. A maioria (283) até piorou no período.
Programas vão melhorar situação das escolas com dificuldades, diz MEC
Na pior escola de Salvador, professores faltam e alunos reclamam de tráfico
Análise: Índices ressaltam o desafio de descobrirmos por que ocorrem
A Folha analisou a situação atual das escolas que estavam entre os 10% piores no 9º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série) naquele ano. São 2.620 colégios.
Destes, 379 (15%) não conseguiram melhorar seu desempenho em 2011.
Os dados foram tabulados com base no Ideb, índice do Ministério da Educação. Ele avalia a qualidade das escolas básicas com base em provas de português e de matemática e na proporção de alunos aprovados.
Entre esses colégios com os piores desempenhos, 11% tiveram nota ainda menor quatro anos depois. Outros 4% só mantiveram o patamar. A maioria é da rede estadual.
Bahia e Alagoas são os Estados que mais possuem escolas que não melhoraram.
PROGRAMAS ESPECÍFICOS
"A situação deveria ser objeto de intensa preocupação", afirmou o pesquisador Romualdo Portela, da Faculdade de Educação da USP, para quem deveriam ser feitas ações específicas para colégios que não conseguem melhorar.
O Ministério da Educação tem dois programas para escolas com dificuldades. Um prevê ajuda técnica e financeira. Outro oferece recursos para que a jornada seja estendida e se torne até integral.
Um estudo do MEC aponta que os colégios que estavam entre os piores, mas que passaram a ter jornada integral, chegaram às médias nacionais em português e matemática.
Segundo o secretário da Educação Básica do MEC, Cesar Callegari, a ampliação desse programa é uma das apostas para melhorar as escolas com mais dificuldades.
O número de colégios atendidos subiu de 15 mil no ano passado para 32 mil. No país há cerca de 125 mil escolas públicas de ensino fundamental.
"Se nenhum programa de ajuda do Estado está funcionando, essas escolas deveriam ser fechadas", afirmou o pesquisador Naercio Aquino Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper e professor da USP.
Alunos e professores, diz, deveriam ser transferidos.
O Consed (conselho que reúne secretários estaduais) afirma que as redes possuem dificuldades em lidar com os anos finais do fundamental, porque a prioridade era melhorar os anos iniciais.
Diz, porém, que vai manter esforços para "não descuidar de nenhuma escola".
Por outro lado, 7% dos colégios que estavam entre os piores avançaram e conseguiram até alcançar a média nacional. Minas Gerais, Ceará e Pernambuco se destacaram.
Segundo o governo de Minas, uma das causas foi a adoção de avaliação que identifica cada aluno com dificuldade.
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