Por Clayton Ribeiro
A Revolução Francesa, iniciada em 1789, com o fim dos privilégios da nobreza (isenção de impostos, direito de tributar em seu território, etc.), é considerada a mais importante das revoluções modernas. Para as mulheres, a revolução significou muito mais do que uma simples mudança de governo.
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Em 1792, ano do fim da monarquia e início do período republicano, por isso chamado Ano I da República, a legislação revolucionária introduziu o direito de divórcio. A constituição anterior admitia a separação de corpos, mas não dos bens. Além disso, o divórcio deixou de ser algo burocrático e caro, facilitando os pedidos de separação.
É claro que a lei do divórcio favoreceu mais as mulheres, em um ambiente extremamente patriarcal e machista. Em sua maioria esmagadora, os pedidos de divórcio partiram das mulheres moradoras das cidades, mas do que do campo, onde o patriarcalismo era mais forte. Depois de pesquisar fontes cartoriais, o historiador francês Jacques Solé mostrou que as mulheres foram responsáveis por 2/3 dos divórcios nas cidades de Toulouse, Metz e Rouen.
Bibliografia: Vovelle, Michel (org.). França Revolucionária (1789-1799). São Paulo: Brasiliense, s/d.
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